Por Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
O ser humano contemporâneo, graças ao processo antropológico da evolução, alcança o elevado nível de consciência que o diferencia de todos os demais animais conhecidos.
Anteriormente, acreditava-se que consciência era conhecimento e por muito tempo houve uma interpretação equivocada a respeito dessa conquista essencial para uma vida feliz.
Nem sempre aquele que tem cultura encontra-se possuidor da consciência no seu sentido pleno.
Por exemplo, em tempos próximos passados, os nazistas que dizimaram milhões de vidas por preconceito injustificado ou presunção, embora alguns fossem portadores de cultura, eram possuidores de inqualificável ausência de amor, compaixão, solidariedade, permitindo-se lastimáveis comportamentos, cujas feridas ainda estão muito vivas na conduta da sociedade.
Notáveis psicólogos e especialistas no estudo das faculdades que caracterizam o ser humano destacaram a consciência como fundamental para a plenitude do ser.
Anotaram, por exemplo, que existem quatro ou cinco níveis de consciência, que representam o estágio evolutivo no qual os indivíduos nos encontramos: consciência de sono sem sonhos, consciência de sono lúcida (ou desperta), consciência de si mesmo e consciência cósmica.
Para Carl Gustavo Jung a consciência é a capacidade de discernir o bem do mal, o ético do anárquico e, num pequeno livro que escreveu celeremente - "Resposta a Jó" -, analisa o comportamento do personagem bíblico na opulência e na miséria, porém, mantendo-se confiante e tranquilo.
Em razão desse processo, podemos compreender as diferenças de comportamento dos indivíduos em relação ao próximo e a si mesmo.
Dois gêmeos univitelinos, apesar de gerados na mesma célula, apresentam, às vezes, níveis de consciência muito diferentes, sendo um cidadão probo e o outro vulgar e pernicioso.
Nesse caso, percebemos que se encontram em diferentes estágios de evolução, em face da reencarnação que lhes vem propiciando as conquistas morais através de experiências pretéritas.
Assim sendo, cabe ao indivíduo vivenciar quanto antes os valores espirituais aos equivocados únicos do imediatismo existencial.
Como a vida física é temporária e as condições para a felicidade são muitas, é indispensável realizar-se a jornada com os cuidados morais que conduzem à consciência cósmica.
Madre Teresa de Calcutá afirmava: "Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor".
Enquanto isso, André Luiz, por meio da mediunidade de Chico Xavier, preconiza: "A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros".
Desse modo, se desejas conscientizar-te da finalidade essencial da vida orgânica, utiliza-te do amor no seu mais elevado sentido e encontrarás a plenitude.
Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 25 de abril de 2024.