OPINIÃO

Informações relevantes acerca da Geração Z

Por: Redação | Categoria: Do leitor | 25-05-2024 00:03 | 197
Foto: Arquivo

Fábio Caldeira
Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político

A complexidade do mundo atual, em que destacados ingredientes são o brutal desenvolvimento tecnológico e a preponderância absoluta das redes sociais, impõe a todos compreender as diferentes concepções geracionais, seja para uma melhor convivência familiar, profissional e relacional.

Nesse diapasão, vários estudos e pesquisas recentes estão sendo divulgadas, em especial quanto à Geração Z, definição sociológica para pessoas nascidas entre 1995 e 2010.

Divulgado pela Forbes, pesquisa recente do mercado americano atesta que a Inteligência Artificial é o mentor profissional preferido da Geração Z: 47% destes preferem utilizar o ChatGPT para conselhos de mentoria. Em destaque ainda: para 46% dos participantes do estudo, os gestores não estão preparados para ajudar no desenvolvimento da carreira pretendida pelos novos profissionais.

Seis em cada dez pesquisados indicam que “a empresa raramente ou nunca os ajuda a explorar oportunidades de crescimento em seu ambiente de trabalho. Os gestores também precisam melhorar sua habilidade de mentoria”.

Outra pesquisa relevante divulgada pelo Financial Times  acende alerta sobre os negócios relacionados ao esporte. Um relatório da YouGov atesta que apenas 31% dos fãs de esportes globais com idades entre 18 e 24 anos assistiram a partidas ao vivo. “Segundo esse levantamento, os espectadores mais jovens são mais propensos a assistir a trechos de destaque ou interagir com atletas famosos por meio das redes sociais, enquanto uma grande parte se envolve com seus esportes preferidos por meio de videogames”.
“O interesse geral da geração Z em esportes permanece significativamente abaixo do das gerações mais velhas”, diz o relatório.

Segundo a matéria, “as explicações para esses hábitos em mudança variam. Há razões como o aumento dos custos de ingressos e assinaturas de TV que têm excluído os mais jovens, uma preferência por conteúdos de curta duração e uma simples sobrecarga de outras formas de entretenimento. Essas tendências ameaçam a viabilidade de um modelo de negócios baseado em acordos multibilionários de transmissão ao vivo.

“Todos estão preocupados com o futuro da indústria agora. É muito mais um mercado de baixa do que um mercado de alta”, diz Gareth Balch, que assessora uma longa lista de grandes empresas esportivas, incluindo a NFL (National Football League), a Premier League e o campeonato de tênis de Wimbledon. “Mas há esperança”.

E por fim outra importante informação. Em um mundo bem polarizado e com a significativa temática das fake news em determinadas redes sociais, a Geração Z vem sendo a base para o crescimento dos usuários do LinkedIn. Conforme entrevista de Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para a América Latina e África para a Folha de SP, “em todo o mundo, a rede social acaba de conquistar a marca de 1 bilhão de usuários, 75 milhões deles no Brasil, seu terceiro maior mercado, depois dos Estados Unidos e da Índia. A Geração Z é a que mais cresce na base brasileira: representa hoje 35,4% do total, contra 23% de 2019. O atual índice coloca o Brasil com a segunda maior proporção destes jovens na plataforma, só atrás da Índia (41%), à frente dos EUA (20%).

Dispõe Beck que “em geral essa faixa etária procura o LinkedIn quando está entre o meio e o final da sua formação acadêmica, incentivada inclusive pelos professores”, afirma Beck. Eles começam a seguir empresas que atuam nas suas áreas de interesse. 

“É uma rede mais segura que as demais, tem bem menos ‘haters’ (usuários que postam conteúdos de ódio), as pessoas não se escondem sob pseudônimos para publicar absurdos. No LinkedIn, os usuários têm nome, na maioria das vezes estão ligados a uma empresa, uma instituição e pensam duas vezes antes de fazerem uma postagem”. (Hoje em Dia 24/05/2024)