Equipes, carros e pilotos da F1 foram apresentados em Londres

Na última terça-feira (18) a F1 celebrou os seus 75 anos de história em uma grande festa reunindo todas as equipes, carros e pilotos que foram apresentados ao público
A Ferrari deixou a desejar com a faixa branca na tampa do motor que não caiu no agrado de seus fãs Foto: Divulgação

Todos os grandes eventos esportivos globais promovem suas apresentações de gala na abertura de suas jornadas. É assim na Copa do Mundo de Futebol, nos Jogos Olímpicos, no Super Bowl dos Estados Unidos. Faltava a F1. Não falta mais. Porque na última terça-feira a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da categoria promoveu uma mega festa de comemoração dos 75 anos da F1 realizada na O2 Arena, em Londres, com apresentação conjunto de todas as equipes, chefes, pilotos e a pintura definitiva de seus carros para a temporada 2025 que começa no dia 16 de março com o GP da Austrália, em Melbourne.

Houve muita música, entretenimento, e cada equipe usou seus sete minutos de apresentação durante a cerimônia que atraiu a atenção da mídia esportiva do mundo inteiro. Entre muitos aplausos – Lewis Hamilton foi o mais ovacionado –, não faltou também vaias para a Federação Internacional de Automobilismo em todas as vezes que a entidade foi mencionada ou seu logotipo mostrado nos telões. Há uma clara tensão entre a F1 e o órgão regulador por conta das medidas que estão sendo impostas por seu presidente Mohammad Ben Sulayem, a principal delas ameaçando punir com rigor os pilotos que falarem palavrões nas coletivas de imprensa ou nas conversas de rádio com seus engenheiros durante treinos e corridas. Vejo como certo exagero essa intolerância do atual mandatário que tenta se reeleger à presidência da entidade. Imagine se a FIFA resolvesse punir todos os jogadores de futebol que falarem palavrões dentro de campo? Não haveria jogos!

Houve vaias também para o chefe da Red Bull, Christian Horner, e para Max Verstappen todas as vezes que foram mencionados. A Red Bull que sempre passou a imagem jovial de “dar asas” para o público jovem como estratégica de marketing de seu principal produto, as latinhas da bebida energética, vem ganhando antipatizantes nos últimos anos por conta de seus conflitos internos. Verstappen foi o único piloto que pareceu não estar confortável no evento e nem foi por causa das vaias. Vaias que também tem um pouco a ver com o fato de o tetracampeão ter vencido o campeonato do ano passado sobre Lando Norris, e em 2021 sobre Hamilton, dois pilotos ingleses em um evento em solo inglês.

Por outro lado, as 15 mil pessoas presentes na O2 Arena foram ao delírio quando Lewis Hamilton apareceu vestido com o macacão da Ferrari. Curiosamente Carlos Sainz que abriu a vaga para Hamilton e agora está na Williams, foi outro nome bastante aplaudido.

As equipes foram se apresentando pela ordem inversa da classificação do Mundial de Construtores do ano passado. Assim, a Sauber do brasileiro Gabriel Bortoleto e do alemão Nico Hulkenberg foi a primeira a se apresentar, mostrando as cores verde limão e preto mais atraente aos olhos que a do ano passado. A Williams veio a seguir com os pilotos Carlos Sainz e Alex Albon, mantendo a tradicional pintura azul em seus carros. E eis que surge a pintura mais bonita da temporada: a Racing Bulls, coirmã da Red Bull, dos pilotos Yuki Tsunoda e o estreante Isack Hadjar na cor predominante branca com detalhes em vermelho e amarelo.

A Haas manteve as cores padrão em preto, vermelho e branco com a dupla totalmente nova formada por Esteban Ocon e o novato Oliver Bearman. A Alpine aprimorou o azul e o rosa com um layout agradável para os carros que serão pilotados por Pierre Gasly e o novato Jack Dooran. A Aston Martin manteve a mesma cor padrão verde para Fernando Alonso e Lance Stroll. A Mercedes alterou pouca coisa do layout de seus carros nas cores tradicionais prata e preto para George Russell e o novato Andrea Kimi Antonelli. O mesmo vale para a pintura da Red Bull de Max Verstappen e seu novo companheiro de equipe, Liam Lawson, que substitui o demitido mexicano Sergio Perez no final do ano passado. Então foi a vez da Ferrari muito aplaudida, mas que pecou com uma faixa branca na tampa do motor estampando a marca de um patrocinador. Serve de alento para Lewis Hamilton e Charles Leclerc o velho ditado do comendador Enzo quando disse “carro bonito é o que ganha corridas”. E finalmente a campeã do ano passado, a McLaren que larga como favorita, encerrou as apresentações com seus carros nas cores mamão papaia e preto que serão conduzidos pela mesma dupla do ano passado, Lando Norris e Oscar Piastri.

A F1 se reúne novamente na próxima semana de 26 a 28 para os testes de pré-temporada no Bahrein.