Falta de policiamento na Guardinha gera debate na Câmara Municipal

A
ausência de policiamento militar no distrito de Guardinha durante o Carnaval
gerou intensas discussões na Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso. A
vereadora Laís Carvalho, que havia solicitado reforço de segurança com
antecedência, lamentou a falta de efetivo e afirmou que essa será uma questão
de muitos embates no Legislativo. Guardinha sofre com a falta de policiamento,
disse Laís.
O
vereador Roney Vilaça relatou uma conversa recente com o comandante anterior do
41º Batalhão da Polícia Militar em Paraíso, que afirmou categoricamente que não
haverá policiamento fixo na Guardinha devido à falta de efetivo.
Segundo
Vilaça, essa realidade se estende a outros municípios da região. “Nem cidades
estabelecidas, como Jacuí e São Tomás de Aquino, possuem policiamento 24 horas.
Se houver necessidade de atendimento nesses locais, uma viatura precisa ser
deslocada de Paraíso”, explicou. Ele destacou ainda que, diante desse cenário,
a reivindicação por um grupamento fixo seria inviável e defendeu que a solução
pode estar na Guarda Municipal.
O
vereador Marcos Antônio Vitorino reforçou a necessidade de levar essa questão para
instâncias superiores. “Eu acho que temos que provocar novamente o presidente
da Comissão de Segurança Pública e mandar um ofício para a Assembleia Legislativa.
Precisamos mobilizar uma audiência pública estadual aqui em Paraíso, trazendo
deputados e representantes do governo para debatermos esse assunto de forma
ampla. A segurança pública precisa ser discutida com a participação de todos,
incluindo os distritos de Guardinha e Termópolis”, afirmou.
A
vereadora Laís Carvalho concordou com a proposta de audiência pública mas viu
com reserva a afirmativa do ex-comandante do 43.º BP MG. “Eu entendo o que foi
passado pelo coronel, mas uma coisa é a gente, enquanto legisladores, aceitar
essa situação. A demanda por segurança é nacional, e cabe a nós buscar soluções.
Recentemente, tivemos uma audiência pública em que o prefeito expôs as
dificuldades enfrentadas pela Educação e Saúde, que recebem repasses
insuficientes e precisam ser complementadas pelo município. Agora, a segurança
também entra nessa conta. Precisamos de uma ação conjunta com outros municípios
para pressionar o Estado. Não podemos simplesmente aceitar a resposta de que
não há efetivo suficiente”, declarou.
O
vereador presidente, Lisandro Monteiro disse que a ideia de audiência pública é
ótima. Teceu críticas aos deputados majoritários em Paraíso, Antonio Carlos
Arantes (estadual), e Emidinho Madeira, federal, que segundo Lisandro “deveriam
se interessar pela segurança pública”. Terá que ser iniciativa nossa, “porque
não temos nenhum representante do município”, frisou Lisandro.
O debate demonstrou a insatisfação dos vereadores com a falta de efetivo e a necessidade de buscar alternativas para a situação, seja por meio de uma mobilização estadual ou de soluções municipais. O tema seguirá em pauta na Câmara, com o objetivo de garantir maior proteção à população.