Associação Atlética Paraisense celebra 106 anos com reencontro de ex-jogadores

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Uma celebração repleta de emoções, história e nostalgia foi a comemoração dos 106 anos de fundação da Associação Atlética Paraisense, sábado dia 8. Ex-jogadores de diferentes épocas se reuniram no gramado que está um tapete-verde, para reviver momentos marcantes, e reafirmar laços construídos ao longo dos anos. A “Mais Querida” foi fundada em 5 de março de 1919.

Sem disputar competições profissionais desde 2004, a diretoria da Paraisense segue promovendo eventos, disputando campeonatos nas categorias de base e master, além de investir na manutenção do estádio, por exemplo no gramado, um dos melhores da região, que conta com sistema automático de irrigação por aspersão.

A emoção transbordou nas homenagens. Momento tocante foi a lembrança do ex-jogador Carlos Adolpho Ribeiro, Carlão, que atuou na década de 1980 como zagueiro na Associação Atlética Paraisense, e morreu em Cravinhos (SP) aos 61 anos, em setembro do ano passado. “Perdemos um grande companheiro, mas o carinho que ele deixou por todos nós permanece vivo”, comentou Agnaldo Coelho, que jogou ao lado de Carlão. A esposa do ex-atleta foi convidada para o evento, mas não pôde comparecer por motivos pessoais.

Agnaldo destacou que esta foi a segunda edição consecutiva da confraternização organizada por ele. “É uma forma de manter viva a história do clube e valorizar aqueles que ajudaram a construir a trajetória da Paraisense”, afirmou.

O amistoso reuniu ex-atletas que foram divididos em dois times, um de camisas verdes, outro de camisas brancas. Participaram, Paulão, Adriano e Banana (goleiros), Timbet, Ariovaldo, Gasolina, Mario Sérgio, Pintinho, Tiguina, Sérgio Vilela, Adenilson, Ederval, Emerson Capatti (filho do ex-presidente Tito Capatti e sobrinho de Otávio Capatti, que também presidiu a equipe), Fernando Paraná, Agnaldo, Dacio, Gambola, Jorge Siri, Mozart, Djavan, Telinho, Luiz Carlos (Açucareira), Maurílio, Douglas, Elton, Biju, Adenilton.

O atual presidente da AAP é Roque Alves, e vice-presidente e Carlos Fernandes Pereira (Cambola), que também atuou como atleta profissional na equipe.

HISTÓRIA

A Associação Atlética Paraisense foi fundada em 5 de março de 1919 pelo coronel Alfredo Serra Júnior. Com o passar dos anos teve sua sede social em imóvel próprio na rua Dr. Placidino Brigagão, em frente à Escola de Comércio, hoje Colégio Objetivo, extensa área que se estendia à rua dos Antunes, onde foi construída piscina, o chamado Departamento Aquático, tempos depois incorporado pelo município na gestão do então prefeito Waldir Marcolini, onde atualmente é o Clube dos Funcionários Municipais. Outro imóvel, área entre a rua Geraldo Marcolini e a avenida Monsenhor Mancini, onde havia o chamado “buracão”, foi vendido na década de 1960. Nele, segundo era dito, o ex-presidente Fúlvio Guidi, que teve atuação destacada na história da Paraisense, tinha a intenção de construir um estádio. A área foi urbanizada.

Tendo apenas o Estádio, diga-se de passagem, necessitando de reformas por toda parte, com dívidas a pagar, e documentação irregular, a Associação Atlética Paraisense passou a ter um novo capítulo em sua história nos anos iniciais da década de 2000, graças a sua equipe de Veteranos, atletas que atuaram na Mais Querida e continuaram reunindo-se para um “bate-bola” aos domingos.

Dentre eles há de se destacar o trabalho abnegado de Ednar Marcomini, o Diná, atleta, advogado, presidente entusiasta que muito se empenhou para regularizar a documentação da Paraisense. Outros nomes lembrados e que também se desdobraram para “acertar a papelada”, foram o então presidente Claudio Passagem, e o advogado e defensor público, Edson Vander da Assunção, que integram os Veteranos da AAP, e o Conselho do centenário clube.

Por suas visões empreendedoras, bem além de seus tempos, há de se reverenciar o fundador da AAP, Coronel Alfredo Serra Júnior, o grande presidente Fulvio Guidi, a quem cabe um capítulo especial na história da Mais Querida, notadamente nos anos 50, e Gilberto de Carvalho no início da década de 60.

Também há de se render homenagens a Waldemar Lanzoni o grande goleiro que depois, com muito zelo manteve equipes amadoras de alto nível, por muitos anos. De igual maneira, aos presidentes, Antonio Reis Moura, Carlos Gaspar, Juvenal Basílio, Gilberto de Carvalho, Edilberto Mumic, Benedito Rodrigues Chagas, Waldir Marcolini, Gabriel Ramos da Silva, Antônio Pavan Capatti (Tito), Otávio Capatti, Saninho Montaldi, Antonio José Amorim, Pedro Luiz Cerize Filho, Josias Leite, Archibaldo Ricci Ramos, Paulo Lauria, dentre outros.

A comemoração e a partida foram transmitidas pelo Cana Sete (Se7e), equipe liderada por Nildo Luiz, com transmissão de Washington Zanin e reportagens de Reginaldo Alves.