Feira do Vinil agitou o sábado dos colecionadores paraisenses
Evento aconteceu na Focaccia Foods das 9h às 16h

No
sábado, 24, aconteceu a Feira do Vinil, no Focaccia Foods. O evento foi
realizado das 9h às 16h e contou com a presença de vários amantes da música,
principalmente da música popular brasileira, do Rock N’ Roll e do Heavy Metal.
A
organização do evento foi do proprietário do local com a Rabelo Vinil Store,
loja de vinil de Eugenio Rabelo, que conta com a ajuda de seu filho Rafael
Rabelo e da Arsenal Distro, loja de vinil de Claudio Rovani. Ambos os donos de
loja são de Campinas (SP), colecionadores assíduos de vinil, e com o
crescimento do mercado do vinil, fazem diversas feiras pelo estado de São Paulo
e Sul de Minas e em cidades vizinhas como Ribeirão Preto, Franca e Passos-MG, o
que ajudou a chegar até São Sebastião do Paraíso.
Claudio
coleciona vinis desde 1981 devido à sua paixão pelo Heavy Metal, o que o levou
a abrir até um selo do qual já gravou quatro bandas nacionais do estilo e
participa de feiras desde 2011. Eugênio não é muito diferente, sua paixão pelo
vinil surgiu ainda na adolescência. Aposentado, hoje vive das vendas de discos
e possui uma coleção com mais de cinco mil discos e mais de três mil discos em
sua loja. Paixão essa que foi também passada ao seu filho de 28 anos.
O evento
foi um sucesso, e para ambos os feirantes venderam tão bem quanto nas cidades
vizinhas, incluindo para pessoas que vieram de outras localidades, para
Paraíso.
O vinil
surgiu na década de 1940, mais precisamente em 1948, e não demorou muito para
se tornar um dos principais formatos de música a ser vendido mundialmente. Para
se ter uma ideia, segundo um levantamento da Pró-Música Brasil, entidade que
representa as gravadoras brasileiras, o vinil no ano passado liderou as vendas
de forma física em solo brasileiro, com 76,4%, ultrapassando o CD, um valor de
R$16 milhões.
E muito
se engana quem acha que essa volta da onda do vinil não encanta aos jovens,
muito pelo contrário, como é o caso do estudante Marcelo Duarte, de 25 anos de
idade, que falou sobre a importância do evento e de como surgiu a paixão pelos
discos. “É muito importante para trazer também essa cultura para a nossa
cidade, a gente vê que tem pessoas aqui de várias faixas etárias, os
organizadores do evento fizeram tudo com muito carinho e muita vontade e com
local muito agradável”...
“Minha paixão pelo vinil começou devido ao meu avô. Depois que ele faleceu, tinha umas caixas abandonadas com alguns discos. Quando eu me mudei para outra cidade por um período, eu conheci uma pessoa que sabia mexer com discos e eu comecei a me interessar. As capas e toda a estética bonita também foram cruciais para essa paixão, e o vinil é um instrumento muito importante para a gente poder lembrar do poder da música”, enfatiza. (por Rubens Avelar)