Câmara de Paraíso intensifica cobrança por regularidade de medicamentos de alto custo e articula ida a BH
Vereadores vão acionar Comissão de Saúde da ALMG, secretário estadual e deputados: plenário relata casos graves e pede apuração de suposta entrega “só quando sobra”.

A falta recorrente de medicamentos de alto custo para pacientes transplantados foi um dos assuntos da sessão ordinária desta segunda (13). Após relatos de risco clínico e atrasos atribuídos à Superintendência Regional de Saúde de Passos, a Câmara decidiu encaminhar ofícios diretamente à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), ao secretário de Estado da Saúde e a deputados estaduais. Os vereadores também acertaram mobilização presencial em Belo Horizonte para cobrar soluções “no topo da cadeia de decisão”.
O ponto de
partida foi a Indicação 118/2025, do vereador Marcos Antônio Vitorino (Marcão),
que formaliza a queixa: apesar de a Farmácia Municipal cumprir prazos e
protocolos, pacientes seguem recebendo imunossupressores com atraso, o que
“compromete seriamente a eficácia do tratamento”. Em plenário, Marcão reforçou
que “não dá mais para esperar respostas padrão” e pediu que o Executivo
municipal interceda politicamente.
A
vice-presidente Cidinha Cerize questionou a origem do gargalo — se seria falta
do Estado para a Regional ou da Regional para o município. Marcão respondeu
que, segundo relatos, “o problema trava na Regional”, e exibiu áudio de um
paciente transplantado (identificado como Joel) descrevendo a rotina de
insegurança: datas de retirada desmarcadas, estoque zerado e a afirmação,
atribuída a servidor da Regional, de que Paraíso “recebe quando sobra”. A fala
provocou reação imediata do presidente da casa Lisandro: “Isso é gravíssimo e
precisa ser apurado”.
Diante do
quadro, o presidente conduziu o encaminhamento, determinando que a Câmara
centralizará as demandas dos pacientes, parará de oficiar a Regional de Passos
e partirá para cobrança direta em Belo Horizonte. “Vamos levar cada caso à
Comissão de Saúde da ALMG e ao secretário estadual. Se for preciso, usaremos a
tribuna”, afirmou. Ele também citou o apoio do deputado Cássio Soares e
sinalizou que outros parlamentares — como Dr. Maurício — serão acionados para
reforçar a pressão institucional.
Houve ainda
registro de caso extremo: um paciente transplantado de coração teria retornado
à Santa Casa de Belo Horizonte por falta de medicação na Regional.
Os
imunossupressores são medicação contínua e inadiável para quem passou por
transplantes. Qualquer interrupção aumenta o risco de rejeição do órgão e
internações de urgência. Em São Sebastião do Paraíso, o fluxo administrativo —
envio de receitas dentro do prazo pela Farmácia Municipal à Regional de Passos
— estaria sendo cumprido, segundo os vereadores; o gargalo recorreria na
entrega regional/estadual. (Ascom Câmara Municipal São Seb. do Paraíso).
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