Paraísocred: o embrião foi a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Comerciantes de Confecções
BLOG NELSON DUARTE
A
história da Paraísocred começou a ser escrita em 11 de março de 1997, quando
São Sebastião do Paraíso viu nascer uma cooperativa de crédito que, desde o
início, trazia em seu DNA o propósito de ir além do modelo bancário
tradicional. Conforme registrava matéria publicada à época pelo “JS”,
seus idealizadores não se contentavam em apenas criar uma cooperativa dos
comerciantes de confecções — queriam mais. Almejavam o status de uma
instituição voltada aos pequenos e microempresários, oferecendo acesso ao
crédito de forma mais simples, humana.
O
engenheiro Aílton Rocha de Silos, então presidente da Associação Comercial,
Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (Acissp),
foi o grande articulador da iniciativa. Quando assumiu a presidência da
entidade em 1995, traçou metas prioritárias, e entre elas estava a criação de
uma cooperativa de crédito inspirada em modelos de sucesso de outras regiões.
Nos contatos iniciais apareceram empecilhos e chegaram lhe informar que não
seria possível a criação da cooperativa. Mas ele não desistiu. Foi a Belo
Horizonte e voltou esperançoso. Encontrou “o caminho das pedras”.
“Por
mais de seis meses analisamos a conveniência da instalação da cooperativa.
Foram elaboradas pesquisas de opinião, que mostraram o quanto o empresariado
local estava consciente da importância do cooperativismo e de seus bons
resultados, especialmente para quem precisa captar recursos sem burocracia e
com custos acessíveis”, recordava Sillos na ocasião.
Para
viabilização do projeto contou com o apoio de diversas instituições, inclusive
do Banco do Brasil, que, além de se tornar parceiro, cedeu parte dos móveis e
equipamentos necessários para o início das atividades. “E o empresário Ladislau
Castro (Castro Confecções) presenteou a cooperativa com um grande cofre”,
salienta.
O
primeiro presidente da Paraísocred foi Luiz Wagner Salgado, que, durante a
solenidade de inauguração, destacou o empenho e a visão de Aílton Sillos,
determinantes para tirar o projeto do papel.
O
então prefeito de São Sebastião do Paraíso, Pedro Cerize, classificou a
implantação da cooperativa como “mais uma vitória do povo paraisense”. Para
ele, a Paraísocred “nascia com solidez, pelas pessoas que a compunham e iriam
dirigi-la, com um direcionamento positivo e comprometido com o desenvolvimento
do município”.
A
exemplo de outras iniciativas promovidas pela ACISSP o pensamento foi oferecer
todo o suporte necessário para que a Paraisocred pudesse se estruturar e ganhar autonomia, até
que tivesse caminhar com as próprias pernas. As previsões feitas à época eram
otimistas. Acreditava-se que, a cooperativa atingiria estabilidade e
independência operacional, o que de fato se concretizou. Assim a ACISSP
cumpriu, com êxito seu papel de incentivadora e estruturadora de mais uma
importante iniciativa voltada para o desenvolvimento econômico e cooperativista
em São Sebastião do Paraíso.
Com
o passar dos anos, a cooperativa amadureceu, ampliou seu campo de atuação e
passou a integrar o Sistema Sicoob, adotando a denominação Sicoob Paraisocred.
Crescimento constante e planejado, acompanhando o dinamismo da economia local e
regional.
A
primeira sede da cooperativa foi na Praça Comendador João Alves (Praça da
Fonte). Posteriormente transferida para a Rua Pimenta de Pádua, um quarteirão
acima de sua atual agência matriz.
Com
o aumento das operações e a necessidade de instalações mais amplas e modernas,
a instituição mudou-se novamente, desta vez para a Rua Pimenta de Pádua,
esquina com a Rua Alferes Patrício, em um prédio moderno, funcional e preparado
para atender com conforto e eficiência seus cooperados.
O atual presidente do Conselho Diretor é o empresário Maurício Mafra.


