O presidente da Praça de Esportes “Castelo Branco”, Roberto Luiz Alves, contestou algumas colocações que o secretário municipal de Esportes, Tomás Salviano Martins, fez e foram publicadas no Jornal do Sudoeste, sobre a reforma do local.
Roberto conta que há dois anos, quando assumiu a presidência, a Praça de Esportes tinha uma série de dívidas como funcionários com salários atrasados. Não tinha dinheiro em caixa, demos um cheque pré-datado da própria Praça a um funcionário para pagar as suas férias, pois iria vencer a segunda férias, o que é ilegal. “Trabalhei naquele mês para pagar esse cheque e salários de funcionário”, conta.
O presidente disse que por causa dessas dívidas, não houve como honrar o restante dos salários. Os funcionários pediram demissão e entraram na Justiça. Ficaram apenas dois.
No início de sua gestão, Roberto diz que foi firmado um convênio com a Prefeitura e o ex-prefeito Rêmolo Aloise, que prometeu fazer um repasse de R$ 80 mil à Praça de Esportes. Depois de um tempo, esse valor caiu para R$ 50 mil e, por último, a proposta ficou sendo R$ 5 mil por mês.
“Porém, para receber esse recurso, a Praça de Esporte teria que ter certidão negativa de débito. Mas uma empresa que deve não consegue ter esse documento, então, obviamente não recebeu”, informa Roberto.
O presidente disse que era necessário o pagamento mensal de contas de água e energia elétrica, mas só a água foi sendo paga, que está em dia. A energia elétrica foi paga até a Praça de Esportes não conseguir mais fazê-lo. “A energia foi cortada e depois de um tempo paga pela Prefeitura”.
Ele lembra que em três ocasiões diferentes o secretário de Esportes, que à época também era Tomás Martins, forneceu três barris de cloro para piscina. “Há muito tempo a Prefeitura não fornece produtos de limpeza para limpeza dos banheiros. Há uma funcionária que faz limpeza dos vestiários e da quadra em três vezes por semana. O zelador é funcionário pago pela Praça”.
Uma das quadras foi “desmontada” na gestão de Mauro Zanin e Prefeitura continuou utilizando o espaço para aulas. É fundamental recuperar essa quadra, pois segundo Roberto, ela rende aluguel para a Praça.
“Na verdade, a Prefeitura não paga todas as despesas. Minha sugestão é que façam mesmo um convênio, que pague a água e a luz. É preciso conversar e entrar em um acordo, uma parceria”, disse.
De quem é?
Roberto conta que há muitos anos a Prefeitura doou um terreno para o Estado e a sociedade fez a infraestrutura, formando uma parceria com o Estado. Depois passou para a Prefeitura. Atualmente o espaço esportivo pertence à Prefeitura e também à sociedade. Há ações trabalhistas, por exemplo, que não são de responsabilidade da Prefeitura.
Funciona como se fosse um clube, com 250 associados pagantes, o que na opinião de Roberto é pouco. Um sócio familiar pagar R$ 30 mensais. “Quando entra o verão, os valores arrecadados sobrem, mas a arrecadação está em torno de R$ 4 mil, e isso não dá para nada”, reclamou, alegando que as despensas são muito maiores.
“Há dois funcionários ganhando dois salários mínimos, são gastos R$ 1 mil de lenha, tem despesa de R$ 1 mil com os produtos da piscina, são R$ 600 do escritório de contabilidade. Há as obrigações trabalhistas”.