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Aluno de Para

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 11-12-2016 00:00 | 4823
Estudante Pedro e a professora Taisa s
Estudante Pedro e a professora Taisa s Foto:

O estudante Pedro Henrique Silva Alves, do 2º ano do Ensino Médio, da E.E. Comendadora Ana Cândida de Figueiredo, de São Sebastião do Paraíso é o vencedor em sua categoria da 8ª edição do Concurso de Desenho e Redação, promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Pedro foi inscrito na categoria redação e realizou seu trabalho em torno do tema proposto “Um por todos e todos por um! Pela ética e cidadania”. Para a professora de Língua Portuguesa, Taisa Barbosa Robuste que fez a inscrição do aluno, o resultado “é motivo de orgulho para todos na escola”, comenta.



O objetivo do concurso realizado pela CGU é o de despertar nos estudantes o interesse por assuntos relacionados ao controle social, à ética e à cidadania, por meio do incentivo à reflexão e ao debate desses assuntos nos ambientes educacionais. O concurso é direcionado a estudantes regularmente matriculados em escolas públicas e privadas do país. A iniciativa do tema escolhido para 2016 e desenvolvido em trabalho conjunto entre a controladoria e o Instituto Mauricio de Sousa, faz referência a um programa que aborda assuntos relacionados ao desenvolvimento da auto-estima, valorização das diferenças, organização do Estado, democracia, cidadania e participação social.



Nas categorias de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os alunos concorreram com “Desenho”. Nas categorias de 6º ao 9º ano do ensino fundamental, 1º ao 3º do ensino médio, incluindo alunos matriculados na modalidade jovens e adultos (EJA) a participação dos trabalhos foi na forma de redação. E ainda na categoria Escola Cidadã, as escolas puderam participar  com trabalhos do tipo “Plano de Mobilização”. Entre todos os trabalhos produzidos pelos alunos, a escola teve de selecionar apenas um de cada categoria (ano escolar) e realizar sua inscrição e envio a fim de concorrer no 8º CDR.



Para o estudante Pedro Henrique Silva Alves o resultado alcançado foi uma grata surpresa. “Fiquei muito feliz, pois, é o reconhecimento de todo o trabalho que foi feito neste ano, uma recompensa”, avalia. Ele conta que para realizar a sua redação foi necessário estudar bastante o tema apresentado. “Estudei até o escrito da cúpula de um palácio suíço. É um tema muito complexo, até porque foi preciso fazer a definição de ética e liberdade”, conta o ganhador no concurso.



A professora Taisa Barbosa diz que o resultado alcançado é fruto do trabalho realizado ao longo de todo o ano, com toda a sala de Pedro e demais alunos da escola. “Nós participamos de vários concursos e temos incentivado os alunos. Esta não é a primeira vez que o Pedro Henrique chega a fase final em concurso”, observa. Ela enfatiza que o aluno se destaca por sua dedicação e interesse o que o torna diferenciado. “Ele tem um histórico de conquista em outras disciplinas, e isso resulta em reflexo positivo para os demais alunos que são estimulados em busca de resultados como este, e toda a escola se torna envolvida”, comenta.



De acordo com Taísa os alunos estão sendo testados em suas habilidades. “Temos trabalhado vários aspectos da redação de textos e inclusive estamos produzindo um jornal que sairá agora no fim de ano que é fruto do trabalho que fizemos ao longo deste ano”, destaca. A professora ressalta que paralelamente os assuntos tema do concurso acabam sendo trabalhados dentro de sala e contribui para a formação cidadã. “Fico feliz pelo interesse, participação e principalmente o aprendizado em cima de tudo isso que apresentamos dentro de sala”, completa.



Os três alunos que tiverem os melhores trabalhos em cada categoria receberão um tablet e um certificado de reconhecimento da CGU.



Os professores responsáveis também serão premiados com o equipamento eletrônico. As escolas que participarem da disputa poderão concorrer na categoria Escola-Cidadã. Para ajudar professores, a CGU ofereceu capacitação virtual para aqueles que mobilizassem o assunto nas instituições. O curso foi oferecido em parceria com a Escola de Administração Pública (Enap) e com carga horária de 40 horas.



 



“Unos pro omnibus,



omnes pro uno” 



 



O convívio social entre os membros de uma comunidade exige por parte destes um comprometimento para com a coletividade, sobressaindo-se ao próprio ego. Assim, virtudes como a ética e a cidadania são pilares fundamentais para a edificação de uma sociedade articulada e eficiente, em que as relações interpessoais são conexas e harmoniozas.



Em 1902, pintava-se no alto da cúpula do Palácio Federal da Suiça os dizeres: ”Unos pro omnibus, omnes pro uno”. A frase latina sintetizava uma ideologia de dever, solidariedade e unidade nacional naquele país, que se reerguia após diversos desastres naturais. “Um por todos e todos por um” simbolizava a vitória de todo um povo sobre a adversidade, vitória essa que só foi possível graças aos princípios éticos dos cidadãos suíços.



Infelizmente nem todos seguem o exemplo da Suíça. Muitas vezes o interesse pessoal ofusca os princípios coletivos, e, consequentemente, a ética e a cidadania são deixadas em segundo plano. Tornam-se, então, instrumentos ocasionais de oportunismo: “Eu defendo a ética quando isso me beneficia” ou “ Eu sou cidadão quando me convém.”



Destaca-se, nesse contexto, que a vida em sociedade consiste em uma série de concessões em favor do outro, o que remete ao conceito da ética: minha liberdade vai até onde começa a liberdade do outro. Esse preceito é essencial ao bom relacionamento humano, que resulta no respeito e consideração mútuos.



 Todos temos direitos e deveres, o que garante nossa cidadania. Ela funciona como um estatuto, que faz a “máquina social” funcionar. Atuando como cidadãos, colaboramos para o bem estar ético da comunidade em que habitamos, como já afirmava Aristóteles: “a cidadania é a maior possibilidade de alcançar o bem viver junto dos cidadãos, que finaliza eticamente toda a dimensão humana”.



Portanto, depreende-se que ética e cidadania são fatores centrais de importância em qualquer escala de organização politizada. Somente através delas podemos alcançar um nível de concórdia e coerência aceitável dentro de nosso grupo social, onde reine a união e o companheirismo. Afinal, todos queremos a honraria de exclamar a frase suíça com bastante eloquência e orgulho.