CRÔNICA HISTÓRICA DE SEBASTIÃO DO PARAÍSO:

José Luiz Campos do Amaral Junior (1849 - 1913)

Parte 1
Por: Luiz Carlos Pais | Categoria: Cidades | 02-09-2017 18:09 | 1303
Foto: Reprodução

Natural de Paraty, cidade localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, José Luiz Campos do Amaral Junior nasceu em 1849 e faleceu aos 64 anos de idade, no dia 05 de outubro de 1913, em São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro, quando exercia mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa Mineira. Nos últimos anos do regime monárquico fixou residência na referida cidade mineira, onde sua memória é preservada como cidadão atuante e benemérito de diferentes instituições sociais. 
Ainda jovem, quando estava com 18 anos, de acordo com o decreto no 1506, de 25 de setembro de 1867, assinado pelo presidente do Senado com a devida rubrica do imperador, foi autorizado a matricular-se no primeiro ano da Escola da Marinha, desde que apresentasse atestado de aprovação no exame preparatório de Aritmética que ainda lhe faltava. Porém, nos meados da década de 1870, José Luiz Campos do Amaral Junior estava entre os principais comerciantes da freguesia de São Francisco de Paula do Machadinho, conforme publicado no Almanaque Sul Mineiro de 1874. 
Alguns anos depois, em meados de 1880, atuou na imprensa de Pouso Alegre, no sul de Minas, como um dos proprietários do seminário "O Pouso Alegrense". Em parceria com Antônio Branco Santos, constituiu a firma Amaral Junior & Santos para publicar o referido periódico. Aproximando um pouco mais de São Sebastião do Paraíso, em 30 de maio de 1883, o presidente da província de Minas, defensor do pensamento liberal, mandou publicar aditamento a um edital divulgado anteriormente, comunicando que José Luiz Campos do Amaral Junior também estava entre os candidatos ao ofício de escrivão de órfãos do termo de Jacuí.
Foi nessa cidade, berço histórico do sudoeste mineiro, que por aprovação em seleção pública, iniciou a carreira de tabelião vitalício e serventuário da justiça, posteriormente, permutando o cargo para atuar no termo de São Sebastião do Paraíso, quando a cidade estava sinalizando um promissor futuro, como importante polo da cafeicultura do Sul de Minas. 
No final de 1886, e nos anos seguintes, conforme consta em diferentes jornais do Rio de Janeiro e de Ouro Preto, então capital da província de Minas Gerais, há vários documentos referentes aos processos rotineiros da administração de justiça, constando que José Luiz Campos do Amaral Junior exercia as funções de serventuário vitalício do cartório do primeiro ofício do termo de São Sebastião do Paraíso, quando exercia o cargo de juiz municipal e de órfãos o Dr. Cláudio Herculano Duarte.