Polícia investiga duas alternativas para elucidar morte de aposentada

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 23-03-2003 00:00 | 810
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O delegado Demerval de Castro disse ao Jornal do Sudoeste que está ouvindo parentes e pessoas conhecidas na tentativa de encontrar alguma informação que possa ter ligação com a morte da aposentada, Zélia Alves da Silva, 55 anos. Ela foi encontrada morta na casa em que morava, no bairro Jardim das Acácias, quarta, 19, em São Sebastião do Paraíso. Entre as possibilidades pode ser um latrocínio (matar para roubar) ou um homicídio", disse o delegado.
Zélia Silva é mais uma vítima da violência e insegurança que vive a população paraisense. Ela foi encontrada morta com uma faca cravada no pescoço, na altura da orelha. Residente na rua Antonio Caetano Pimenta, uma bairro periférico de Paraíso, a aposentada, segundo testemunhas, morava sozinha. Era viúva e o parente mais próximo, um filho, mora em Belo Horizonte. 
No início da noite, vizinhos estranharam em não ver a casa com a porta aberta durante o dia e acionaram a polícia. Zélia não foi vista como era comum em todos os dias.
No local, os policiais encontraram os móveis revirados, objetos espalhados e o corpo caído em uma poça de sangue na cozinha. Um comprovante de saque bancário no valor de R$200,00 foi localizado e chamou a atenção da polícia. O dinheiro não foi encontrado e pela data do saque havia sido realizado em uma agencia local dois dias antes. 
Zélia foi velada e sepultada na quinta-feira, 20, no Cemitério da Saudade, em clima de indignação. O caso aumenta para três o número de vítimas mortas com requintes de violência neste ano de 2003. Em outros dois casos, considerados como tentativa de homicídio, uma pessoa foi baleada e outro sofreu oito facadas. O delegado Demerval de Castro não descarta as duas prováveis causas da morte da aposentada. "Não temos ainda pistas sobre uma ou outra possibilidades entre homicídio e latrocínio, mas são duas alternativas que podem nos levar ao autor", comentou. 
Um sobrinho da vítima, que pretendia fazer a guarda dos objetos da falecida, foi ouvido na Delegacia. Ele contou que a sua tia, morava na casa há pelo menos dois meses e que havia sido furtada em fevereiro. Antes havia mudado para aquele bairro em busca de tranqüilidade. 
Moradores do Jardim das Acácias e outros bairros próximos, a exemplo do Santa Tereza, reclamam da falta de segurança, furtos, roubos e apontam o local como sendo o preferido pelos bandidos para esconder da polícia e usar algumas casas como ponto de tráfico e consumo de drogas.