Empresário vai à Câmara e reclama de Arantes

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 27-04-2003 00:00 | 855
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O empresário Theodomiro Carlos de Paula (Théo) usou a tribuna-livre da Câmara Municipal de Paraíso para solicitar aos vereadores que "restabeleçam a ordem na comunidade". Denunciou que a Prefeitura invadiu área da propriedade de sua família no Morro do Baú, e ao levar o fato ao conhecimento do diretor-geral, Antônio Carlos Arantes, "foi maltratado" por ele. Filho e neto de paraisenses, disse dividir o seu tempo entre São Paulo local de sua atividade profissional, e Itaú de Minas, onde residem seus familiares e também mantém residência.
"Venho a presença dos senhores, nesta casa de leis, fazer um desabafo", disse. O empresário lamentou que a Prefeitura age ao arrepio da lei e recentemente fez a terraplenagem chegou colocar placas naquele local, propriedade de sua família, dando conta que lá seriam instalados "armazéns gerais".
O empresário salienta ter tomado as providências judiciais cabíveis. "Solicitamos a abertura de inquérito para apurar responsabilidades, e aí retiraram a placa, no entanto a cerca que havia sido retirada não foi reconstruída". 
Esse, segundo seu relato, foi o que o motivou procurar a administração municipal, onde o encaminharam para o diretor-geral da Prefeitura, Antonio Carlos Arantes, de quem queixou-se aos vereadores. "Fui muito mal recebido". Theodomiro afirmou que ao argumento de que a cerca de sua propriedade foi removida por funcionários municipais, o diretor-geral lhe sugeriu que "fizesse por sua conta" acrescentando: "você não cria nada lá".
O empresário denunciou, ainda, a retirada de terra do referido imóvel, sem que ao menos lhes fosse comunicado. "Se pedido, poderíamos ceder, até mesmo sem querer tirar proveito pecuniário, desde que não infrinja o meio-ambiente e as leis, mas como vem sendo feito é algo muito sério". Em arremate, dizendo-se "abismado com esse abuso de autoridade" fez um pedido aos vereadores: "fiscalizem esse atos, porque essa falta de organização poderá trazer problemas gravíssimos".
Theodomiro disse que sua família tem o projeto de instalar uma unidade de "hospital holístico filantrópico no Morro do Baú, para atendimento gratuito aos necessitados".
Ao concluir o empresário disse que a capela existente no Morro foi construída por seu avô (Miro) e por Emílio Machado Azevedo (Emílio Curador).e o local sempre foi franqueado às pessoas. Observa, no entanto, que fugindo aos objetivos para o qual foi previsto, o local se transformou em "antro de prostituição e outras práticas delituosas". 
Fez o alerta que um santuário foi recentemente construído no Baú, e representa um sério risco de acidentes porque sendo terreno arenoso poderá ceder a qualquer momento. Conforme disse aos vereadores, um boletim de ocorrência foi solicitado à Polícia Florestal com o objetivo de instruir a propositura de ação na justiça.