Rodovia que liga Paraíso a Jacuí deixa moradores insatisfeitos

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 27-04-2003 00:00 | 963
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Moradores do trecho da BR 491, atualmente estadualizada, responsável pela ligação entre São Sebastião do Paraíso e Jacuí, estão insatisfeitos com o serviço executado pela Construtora Egesa na localidade. Segundo denúncia feita ao JS, as obras de adequação da rodovia em relação ao acesso das propriedades foram malfeitas.
Segundo o aposentado Antônio Paulo Pannaci, a construção da estrada adentrou sua propriedade cerca de 30 metros numa extensão aproximada de 350 metros. "Eu concordei em mudar a porteira da fazenda para abrir caminho para a rodovia desde que as duas tubulações de água que eu havia construído anteriormente fossem refeitas na nova entrada do sítio. Pois bem, a obra foi concluída e os encarregados da firma fizeram apenas uma tubulação e uma contenção à base de mourões. Só que para a estrada ficar perfeita, foi necessário um nivelamento, com isso, teve a necessidade de um aterro. A sustentação feita com essas madeiras não está adiantando nada. Quando chove, a água que deveria passar pela tubulação está correndo por cima da rodovia e isso está quase causando um desmoronamento do barranco que há perto da porteira," conta. 
Pannaci acrescenta ainda que muitas fazendas, sítios e chácaras entre Paraíso e Jacuí tiveram o acesso asfaltado pela construtora. "Eles fizeram a pavimentação para várias outras propriedades à margem da rodovia, depois simplesmente desapareceram. Mas, eu nem estou reivindicando este asfalto. Tudo o que eu quero é que seja substituída esta caixa de contenção feita de madeira por outra feita de concreto," comenta. 
O Jornal do Sudoeste após procurar por responsáveis em vários departamentos através de telefones onde não obteve-se resposta, entrou em contato com a central da empresa, localizada em Belo Horizonte, onde adiantamos o problema. Através de mensagem pelo correio eletrônico, do gerente administrativo Waldemir Teixeira Veloso, ficou esclarecido que o serviço de pavimentação dos acessos não era de responsabilidade da empresa, bem como qualquer terceirização, hipótese levantada entre as questões. Sobre a denúncia de que algumas propriedades rurais teriam recebido este serviço, Veloso nada comentou. 
Outra questão que abordamos ao gerente administrativo é a construção da ponte sobre o Rio Santana, prevista para ser realizada pela Egesa em contrato realizado com o DNER/DNIT. Sobre isso, Veloso afirmou que "a mesma faz parte do escopo do contrato, porém os recursos alocados não foram suficientes para sua execução, considerando que a prioridade dada na aplicação das verbas foram na ligação São Sebastião do Paraíso a Jacuí, ficando a ponte e o trevo de São Sebastião do Paraíso para novos empenhos," comenta.
Em relação à situação da propriedade de Antônio Paulo Pannaci, perfeitamente explicada através de e-mail enviado pela redação, o gerente administrativo afirmou não ter conhecimento do assunto, bem como nenhum dos responsáveis por outros setores. Até o fechamento desta edição, Waldemir não se manifestou em relação a qualquer serviço de adequação que poderia ser feito na propriedade do aposentado, solicitando apenas dados que possibilitassem sua identificação. Não mais obtivemos retorno de qualquer membro da Construtora. Elezângela de Oliveira