População questiona invasão das calçadas pelos barzinhos

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 04-05-2003 00:00 | 821
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Quem mora perto, transita pelas proximidades ou por alguma eventualidade, passa perto de um bar onde o movimento se estende pelas calçadas, geralmente se sente incomodado pelos adeptos da diversão ao ar livre.
Mesas, cadeiras, bebidas e outros inconvenientes acabam por ocupar o espaço destinado aos pedestres. Esta semana, o Jornal do Sudoeste foi às ruas para saber o que a população paraisense tem a dizer sobre o assunto.
Segundo Júlio César Bícego de Souza, 24, auxiliar de escritório, os estabelecimentos que permitem a ocupação das calçadas por seus clientes deveriam ser multados. "Esses barzinhos ficam obstruindo a passagem de pessoas. Passeio foi feito para andarmos nele, não para sentar com mesas e cadeiras. Tem que ter uma fiscalização maior em cima disso por parte da Prefeitura," opina.
Quem tem o mesmo ponto de vista é Cássio Moreira Ramos, vendedor, 23. "Também sou contra porque atrapalha muito o trânsito, principalmente de pessoas idosas, que para passar encontram muitos obstáculos. Tem que haver uma lei para impedir esse tipo de coisa. Mesmo pela diversão proporcionada, acho que não deveria ser permitido," acrescenta.
Já a aposentada Terezinha Afonso Queiroz não se incomoda se há ou não mesinhas na calçada. "Eu não posso falar nada, porque perto da minha casa não tem. Não freqüento barzinho, para mim tanto faz. Não me incomoda. Se fosse aqui no centro, não tem tanta importância, porque tem pouca residência, é mais comércio. Agora se fosse nas ruas atrapalharia, mas na calçada acredito que não," salienta.
Darci Nunes Lopes, 48, é vendedor. Para ele, em determinadas situações, as calçadas ocupadas são intoleráveis, mas em outras, até que pode-se haver alguma exceção. "Eu acho o seguinte: se for um dia de domingo, ou à noite, que não tenha o movimento de comércio, tudo bem, mas durante a semana, que o comércio é normal, atrapalha", comenta.
"É um absurdo as pessoas terem que sair da calçada e se sujeitar ao risco de sofrer um acidente na rua porque simplesmente outras querem se divertir. Isso sem mencionar o constrangimento que principalmente nós, mulheres, sofremos ao passar em frente a um desses estabelecimentos, sendo alvos de insultos e comentários maldosos. Isso é muito chato! Deveria ser feito alguma coisa a respeito disso," concluiu a estudante, 17 anos, Flávia Aparecida Rocha.