Cerca de 35 funcionários que tinham contrato com a Prefeitura e não conseguiram ser aprovados em concurso público foram até a Câmara em busca tentar obter apoio para reaver os seus cargos. O assunto gerou um amplo debate em relação ao desemprego causado, mas o apelo feito não conseguiu ressonância entre a maioria dos vereadores. O presidente do Legislativo, Antônio Fagundes de Souza disse que seria forma da uma comissão para analisar a situação e verificar o que pode ser feito.
A professora Jucelina de Souza Neves foi quem utilizou a tribuna para falar em nome dos funcionários. Ela disse que várias de suas colegas ex-funcionárias municipais fizeram treinamento, participaram de vários cursos de capacitação. "Agora apesar das experiências acumuladas, não estamos sendo aproveitadas pela prefeitura", observou.
Foram realizados vários questionamentos em relação a eficiência, a qualidade do trabalho dos novos servidores nomeados pós-concurso para exercer atividades de pajens, merendeiras e outras funções nas creches e escolas municipais. Jucelina pediu a intercessão da Câmara no sentido de se tentar uma solução para as funcionárias que ficaram desempregadas.
O vereador Pedro Fagundes de Souza (PSDB) disse que durante a semana foram realizadas pelo menos duas reuniões informais entre alguns vereadores que estavam na casa e uma comissão destas funcionárias. "Que a administração de uma oportunidade a estas pessoas", comentou. Antônio César Picirilo acredita que a administração possa admitir estas funcionárias em outros setores.
A vereadora Cida Pimenta sugeriu que a Prefeitura utilize essas funcionárias em algum programa de atendimento à criança. "Isso poderia ser feito, há tantos prédios abandonados por aí, e tanta criança para serem cuidadas e esta mão-de-obra pode ser absorvida". Cida afirmou que os vereadores mais afeitos a administração poderiam conduzir este processo, "até porque existe o direito de expectativa, o pessoal fez contas e esperava trabalhando e recebendo".
O vereador Márcio da Silveira disse não iria iludir ninguém diante da impossibilidade de reverter a situação. "Cobraram a realização do concurso que foi feito justamente para regularizar a situação, as leis existem para serem cumpridas e existe uma hierarquia". Ele lembrou que todos os prazos para contestar foram esgotados, "não podemos falar em recontratação, não há má vontade da administração, se houve investimento na qualificação é porque a administração esperava que vocês fosse aprovados, mas infelizmente o ingresso ao serviço público se dá pelo concurso". Do contrário disse ele estas pessoas terão que entrar pela janela.
O presidente Tuniquinho Fagundes disse que na próxima semana fará uma reunião com vereadores , sindicato e uma comissão destas funcionárias para tentar buscar uma solução para o problema.