A informação, não confirmada nos meios policiais, de que uma mulher, cujo nome não foi sequer mencionado, teria sofrido estupro e morrido depois de dar entrada em um hospital, ganhou repercussão em São Sebastião do Paraíso. O caso que para a Polícia Civil e Militar "não passou de boato, notícia sem fundamento', tornou -se assunto cercado de mistério e desinformação.
Ninguém sabe ao certo como tudo começou. Entretanto repercutiu em toda a cidade a notícia que ocorreu de boca em boca. A estória, contada em várias versões, cada uma acrescida de detalhes mirabolantes, relata em síntese, que uma mulher, não identificada, foi estuprada, tornando-se vítima de bárbara crueldade, tendo inclusive o corpo e órgão genital perfurados com espeto de bambu.
A suposta violência sexual, teria ocorrido nas proximidades do bairro San Genaro, próximo a região onde havia as lagoas, na rua Santa Luzia. Consta ainda da estória que a vítima trabalhava em uma empresa localizada na avenida Zezé Amaral e tendo terminando o turno da noite, por volta das 23 horas, dirigia-se para casa, no Jardim Itamarati, quando então teria sofrido o ataque de dois indivíduos.
Noticia não confirmada
O suposto estupro seguido de morte não foi confirmado. Hospitais, cemitério, Corpo de Bombeiros e setores da polícia negaram qualquer atendimento à ocorrência. A amplitude da falsa notícia, também teria repercutido em um programa de rádio, de onde se espalhou rapidamente. Porém, o locutor, dois dias depois, fez com que o assunto fosse desmentido por autoridades policiais que não confirmaram a noticia divulgada. A reportagem do Jornal do Sudoeste tentou contato via telefone com o locutor. A ligação não teve retorno.
Mistério a toda prova
Apesar de desmentido por autoridades policiais, o assunto teve a versão de que a mulher fora enterrada em Monte Santo de Minas. Em uma outra, a noticia era que nos hospitais e até mesmo na empresa relacionada como local de trabalho da vítima, o assunto foi proibido de ser comentado pelos funcionários. A Polícia divulgou nota assegurando tratar-se de boato infundado. A PM, através do emissora de rádio e televisão assegurou que nada aconteceu. Na 48.ª Delegacia Regional de Segurança Pública, o delegado Pedro Henrique Rabelo Bezerra, assessor de imprensa, disse que não procedia os comentário repercutido na cidade. "Assim que nos chegou a notícia deste falso crime, procuramos todos os meios disponíveis para averiguação e felizmente nada disto ocorreu e nada consta em nossos registros de atentado sexual e contra a vida".