Um grupo formado por cinco homens está preso na cadeia em São Sebastião do Paraíso. Eles são acusados de formação de quadrilha, porte ilegal de arma, facilitação de fuga e porte e uso de entorpecente (droga). Em uma ação considerada ousada pela polícia, quatro dos envolvidos, resgataram um detento na cadeia de Monte Santo de Minas, na terça-feira, 12. No mesmo dia todos foram presos, numa operação da Polícia Militar de Guaxupé.
Segundo informou a delegada de polícia de Monte Santo, Renata Mattoso Libório, o inquérito que vai apurar o caso será dirigido pelo seu colega de Guaxupé, o delegado Gustavo Henrique Magalhães Mazolli. A policial relatou que o grupo é formado por Ivan Aparecido de Oliveira, 19, natural de Guaxupé, Edvaldo Barbosa dos Santos, 35, Anderson Luiz Oliveira Santos,19, Anderson da Silva Rossi, 20 (todos de São Paulo) e Hélio Ferreira de Lima, 58, taxista, de Araçatuba- SP.
Antecedentes criminais
A delegada Renata Matoso conta que Ivan Oliveira e Edvaldo estiveram detidos na mesma cela na cadeia de Monte Santo onde teriam se tornado amigos. Ivan teve há alguns dias liberdade condicional concedida pela justiça da comarca monte-santense. Edvaldo continuou preso, acusado de envolvimento num roubo de carga e veículo que transportava medicamentos. O fato ocorreu no início do ano. Entretanto, a polícia apurando a ficha de cada envolvido, constatou que possuem antecedentes criminais.
Liberdade forçada
Ao se ver livre, Ivan manteve alguns contatos com o objetivo de colocar também em liberdade o amigo Edvaldo e, segundo informações liderou o grupo que promoveu o resgate.
Armados com escopeta, revólveres calibre 38 e até uma pistola 9 milímetros, juntamente com Anderson da Silva, Anderson Oliveira, Ivan invadiu a cadeia em Monte Santo, dominou o funcionário municipal, Aparecido Donizete Lima e libertou Edvaldo. A quadrilha fugiu em um táxi, conduzido por Hélio Ferreira. Em menos de uma hora, o grupo foi preso por policiais militares na rodovia que liga os municípios de Monte Santo a Guaxupé.
Presos outra vez
Presos, os integrantes da quadrilha foram conduzidos para a cadeia de São Sebastião do Paraíso. Ao comentar o fato, a delegada Renata Mattoso não descartou a possibilidade do grupo ter ligação com o "primeiro comando da capital", facção criminosa do Estado de São Paulo. Nas armas foram encontradas a inscrição PCC.
Conforme explica, até a conclusão do inquérito devem ficar em Paraíso quando será solicitada a transferência para um outro local", concluiu.
Os integrantes do grupo serão indiciados nos artigos 351/288 e 10 e 16 e responderão consecutivamente por facilitação de fuga, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e uso de droga. A pena cominada prevê em média oito anos de prisão.