Joaquim Assis de Morais, presidente da Associação dos Transportadores Paraisenses de Carga, em São Sebastião do Paraíso, disse ao Jornal do Sudoeste que caminhoneiros não têm motivos para comemorar a data dedicada à classe. "Praticamente passamos desapercebidos hoje", disse, no final da tarde de sexta-feira, 01 de julho, Dia do Caminhoneiro.
Para Joaquim Assis, o profissional praticamente vive no esquecimento por parte das autoridades e governantes. Trafegar com o caminhão pelas rodovias, eqüivale apostar numa perigosa loteria. "As chances de quebrar o caminhão nos buracos, envolver num acidente grave ou ser assaltado, expõe motoristas a perigo constante", comentou. Na sua opinião, o caminhoneiro é um herói anônimo e nem mesmo na data destinada a categoria, é lembrado.
Antecipação
Entretanto, Joaquim relata que a homenagem ao caminhoneiro paraisense promovida pela Atropar, foi antecipada, com a celebração de uma missa, realizada em 22 de junho. "Mais uma vez recebemos o padre Miguel, da Pastoral Rodoviária de Curitiba que percorre todo o País levando uma mensagem de fé aos trabalhadores da estrada", disse. Por uma questão de agenda e roteiro do padre, a celebração não aconteceu em uma data mais próxima ao Dia do Caminhoneiro. "Porém, foi oportuno agradecer a Deus pela força e pela superação que nos faz vencer os obstáculos do caminho e da profissão. A nossa luta continua pela sobrevivência familiar", completou.
O presidente da Atropar relatou que caminhoneiros sofrem com o auto custo de manutenção e operacionalização dos veículos. "Os nossos problemas continuam sendo os mesmos para os quais há muito vem sendo reivindicado uma solução por parte das lideranças a nível nacional" relembrou Conforme enumera, a categoria continua precisando de segurança nas rodovias, redução ou estabilidade no preço do óleo diessel, reavaliação no custo do frete e valorização do profissional autônomo e contratados.