Pessoas dizem o que esperam da Expar

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 20-07-2003 00:00 | 762
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Há 45 dias da festa, paraisenses aguardam com grande expectativa
Todos os anos, à esta época, começam as especulações em torno de como será Exposição Agropecuária de São Sebastião do Paraíso - Expar e neste ano não é diferente. Alguns paraisenses estão aguardando com muita expectativa o início da festa.
"Na cidade quase que não tem lugares para nos divertirmos e quem não tem condições para ir às cidades vizinhas, fica esperando a festa", fala a estudante Carina de Almeida, salientando que já está comprando roupas e calçados especialmente para isso. "Eu prefiro comprar agora, porque depois os preços ficam mais altos, principalmente botas", salienta.
Apesar da grande expectativa, Almeida reclama que nos últimos anos não está havendo uma festa realmente boa. "No ano passado e 2001, por exemplo, aconteceram grandes shows, porém muita falta de respeito com quem foi ao local, principalmente estudantes".
Descontente está também o vendedor Ângelo Jorge Maximiano. "O que movimenta dinheiro na cidade é a apanha de café, que esse ano acredito não ter sido muito boa, por isso, o povo está sem dinheiro, por esse motivo não estou muito animado, além disso, um show bom custa muito caro, vamos ver, se for mais em conta eu vou sim".
Apesar de não estarem muito contentes com as festas anteriores, existem alguns ajustes que, segundo falaram ao Sudoeste, se forem feitos, melhorariam a exposição. "Um deles é a questão da segurança, que precisa ser maior, pois a última festa que teve no parque de exposições foi uma vergonha, estava a maior briga", comenta a balconista Líria Luzia de Oliveira.
Outro fator que deveria ser levado em consideração, de acordo com ela, é o respeito com os estudantes. "A carteirinha deve ser aceita como meia entrada", diz.
Questão de segurança foi muito tratado entre os entrevistados, alguns disseram que na cidade, o ingresso não pode ser vendido a preço muito baixo. "O que acontece aqui é sempre que tentam fazer uma festa popular com o preço sendo um quilo de alimento, por exemplo, não dá certo, sempre vão aquelas pessoas que buscam somente bagunça, tornam a festa um verdadeiro ringue de lutas e nós que realmente queremos nos divertir, temos que ver aquelas cenas horríveis. O que mais se vê é garrafa, sapato, pedra sendo jogados e algumas pessoas ensangüentadas sendo carregadas, quase mortos. Sinceramente, para presenciar isso eu não vou mais", comenta um estudante que não quis ser identificado.
Apesar das diversas reclamações, alguns ainda dizem que estão esperando com bastante ansiedade e especulação. "Ainda não sei quais cantores virão, mas mesmo assim, se o preço for bom, irei todos os dias", finaliza Líria.
Nádia Bícego