Sebastião Tadeu Ribeiro
Tenho plena certeza que não estou mal informado. Todos os dias leio jornais, ouço rádios e vejo noticiários de TV e, em nenhum destes órgãos se têm noticiado que o Governo Federal autorizou o aumento para o preço do gás de cozinha.
Referente ao preço do gás de cozinha, botijão de 13 quilos, a imprensa nacional tem noticiado que o mesmo irá cair em até R$10,00 por botijão, conforme pretende a ministra de Minas e Energia, Dilma Rossett. Surpreendentemente, os consumidores paraisenses desde a última semana foram mais uma vez pegos de surpresa com um inesperado aumento de até 10% no valor cobrado pelo GLP.
Até o dia 5 deste mês custava em média entre R$29 e R$30 e num passe de mágica passou a custar ao consumidor entre R$32 e R$33.
Se as autoridades competentes não tomarem nenhuma providência para coibir essa ganância e abuso, caberá ao consumidor paraisense boicotar e pechinchar, "porque o preço é R$29 e não se deve pagar mais que isso", palavra de um revendedor ao Jornal de Sudoeste.
Segundo afirmou, alguns de seus colegas são gananciosos e tais medidas não incabíveis e um crime contra a economia popular. Um consumidor, indignado, nos questiona: "Será que "os gananciosos" também deram aumento de 9 a 10% no salário de seus empregados?
Você sabe por quanto a Petrobras vende o GLP de 13 quilos para as distribuidoras? Conforme afirmou o próprio presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, durante entrevista, é de R$11,00.
Se custa este valor, o preço máximo que deveria ser vendido ao consumidor, acrescentado de despesas de transporte, impostos, custo operacional e margem de lucro, seria no máximo R$24,00. Há de se convir que de R$11,00 para R$33,00 há um acréscimo de 200% e os governos Federal, Estadual e Municipal têm que intervir urgentemente.
É um dever de autoridades que recebem seu salários dos contribuintes para em resposta obterem a proteção contra qualquer tipo de abuso que venha provocar danos de qualquer natureza, inclusive o abuso contra a economia popular.