Régis Antonio Reis Ferreira, delegado titular da 48ª Delegacia Regional de Segurança Pública em São Sebastião do Paraíso, questionado pela reportagem do Jornal do Sudoeste, desmentiu categoricamente de que estaria sendo transferido e até seu substituto (Renato Trade) já havia sido indicado. Expressando-se surpreso, Régis optou por apresentar balanço das estatísticas de 2003 e deixou claro que presta ao Estado e a comunidade paraisense serviço público. Enquanto aguarda pela aposentadoria na função, acrescentou que transferência é rotina na sua carreira profissional.
Surpreso com a questão apresentada pelo Jornal do Sudoeste (informações davam conta de que ele estaria se despedindo na última semana), o delegado regional Régis Antonio Reis Ferreira, 58 se posi-cionou muito à vontade para comentar o assunto, dando referência sobre a possibilidade de sua saída da 48ª DRSP. “Não tenho esta informação de fonte oficial e gostaria muito de saber como o Jornal tem este conhecimento e se o comentário merece crédito”, retrucou, ao ser questionado pela reportagem. “Pode ser que eu seja o último a saber desta transferência”, ponderou. “Mas até o final do expediente, às 18:00 h desta quarta-feira (7) estou no comando”.
Bem humorado, Régis considerou como boato infundado a informação e assegurou que seu superior imediato na Superintendência Estadual de Segurança Pública havia determinado diligência na área de atuação da 48ª DRSP. “Se alguma transferência estivesse sendo articulada, talvez, a informação fosse repassada oficialmente e nem determinaria um serviço especial para quinta-feira (8)”,observou. O delegado Régis Ferreira está em Paraíso há quase 9 meses. Foi nomeado em maio de 2003 para comandar 48ª DRSP. Tem 40 anos de profissão policial e já passou pela Superintendência Geral e foi Secretário Adjunto de Segurança Pública. Retornou profissionalmente a Paraíso depois de 8 anos em disponibilidade, encontrou um quadro deficitário de recursos humanos,. eram sete detetives, “sendo necessário um 18 a 20”, informou na época, situação que no entanto continua a mesma.
Régis responde com seus delegados auxiliares por 11 municípios e concordou que a segurança no Estado é até certo ponto vulnerável levando em consideração a onda de violência crescente, “mas temos que trabalhar dentro e conforme as normas da lei e das possibilidades de estrutura”, advertiu.
Ao apresentar o balanço de estatística de 2003, o regional considerou que se a violência em Paraíso não retrocedeu, ao menos estabilizou-se. “Diminuir é meta, zerar é quase impossível”, analisou. Também lamentou pela superlotação da cadeia e a destruição que houve. “A solução depende do Estado. Nós da Polícia fazemos o que é possível dentro das nossas especificações e atribuições de serviços”, concluiu.