O presidente da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, Marcelo de Morais, sugeriu na sessão de segunda-feira (27/8), que o prefeito Walker Américo de Oliveira rompa o contrato com a Copasa referente ao serviço de tratamento de esgoto no município. Segundo justifica Morais, as obras para o tratamento do esgoto sanitário em Paraíso deveriam ter sido concluídas em julho de 2015, porém, passados três anos, apenas uma das duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) foi entregue e está em pleno funcionamento.
“Atualmente, apenas 51% dos dejetos produzidos na cidade são devidamente tratados, enquanto 49% continuam sendo despejado in natura nos córregos e rios. É inadmissível que o cidadão continue pagando por um serviço que não lhe é oferecido. Não podemos aceitar que o meio ambiente continue sendo poluído pela Copasa como sabemos que está sendo”, disse. Os vereadores Sérgio Aparecido Gomes, Lisandro Monteiro e José Luiz das Graças apoiaram a manifestação do presidente.
Em reunião com os membros da comissão que fiscaliza o contrato de tratamento de esgoto entre a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso e a Copasa na última semana (matéria nesta edição), representantes da companhia solicitaram ao Poder Executivo a prorrogação do contrato de implantação do sistema de esgotamento sanitário, sob alegação de que a empresa tem enfrentado problemas com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) para concluir a obra. Segundo afirmam, a companhia precisa de autorização para atravessar a rede sob uma rodovia federal e levar os resíduos captados até a estação de tratamento.
Marcelo Morais, que participou do encontro realizado na Secretaria de Meio Ambiente, criticou o pedido feito pela Copasa. “Não podemos aceitar que esse prazo, que terminou em julho de 2015, se arraste por mais quatro anos. O cidadão está pagando por um serviço que não é oferecido desde o início do contrato, em 2011, e terá que pagar por mais tanto tempo, questionou. A Copasa não cumpriu os prazos estipulados inicialmente e contrato deveria ser rescindido pelo prefeito”, disse.
Marcelo foi autor de uma ação no Ministério Público que requer a devolução do dinheiro do contribuinte e a suspensão da cobrança enquanto as estações de tratamento não forem concluídas definitivamente. “Nós entramos com processo contra a Copasa e agora o perito pediu que fosse feito levantamento sobre a questão do tratamento, mas já falei para a secretária de Meio Ambiente: o que o prefeito deveria fazer, e tem instrumentos para isto, é cancelar este contrato com a Copasa. Ou resolve isto imediatamente ou para de cobrar do povo, é isto que deveria ser feito”, completou o vereador.