DENGUE

Previsão é o aumento de focos de mosquitos em Paraíso e Vigilância pede apoio

Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 12-10-2018 21:26 | 1130
Foto: Reprodução

A Vigilância em Saúde em São Sebastião do Paraíso já está se preparando para o combate ao aumento dos focos do mosquito da dengue no município. O período, que compreende de outubro a abril,  devido às chuvas, contribui para o aumento dos focos do mosquito e notificações da doença. A Vigilância deve realizar na próxima semana o levantamento rápido de índices para Aedes Aegypti (LIRAa), que aponta os risco de epidemia da doença e orienta às ações de controle da dengue. 

Conforme a coordenadora da Vigilância em Saúde em Paraíso, Daniela Cortez, os agentes da epidemiologia estão mantendo o trabalho de "tratamento focal", que é um trabalho de rotina onde há visitas as casas para eliminação dos focos, com visitas também a pontos estratégicos para também eliminar focos do mosquito e fazer o tratamento químico com bombas. Também tem sido realizado o atendendo às denúncias que, conforme Cortez, aumentam bastante nesta época do ano, com o aumento do vetor do dengue, o Aedes Aegypt.

"O próximo levantamento será alarmante. Embora não haja o vetor alado, têm sido encontrados muitos focos do mosquito da dengue. Em todas as casas encontramos latinhas, uma calha que está sem limpar e caixa d"água sem tampa, estamos nos deparando muito com estas situações. Neste período do ano, acredito que o rendimento dos agentes deva cair um pouco porque não dá para passar tão rápido nas casas, vamos demorar mais porque tem que ser um trabalho minucioso", destaca.

Conforme a coordenadora, a Vigilância está preparada para realizar os bloqueios caso haja notificações de casos suspeitos de dengue. "Em novembro temos a semana epidemiológica, quando há alarme para dengue, zika vírus e chikungunya, é quanto temos que traçar um plano de contingência, aumentar o número de reuniões com o Comitê da Dengue e realizar um trabalho mais focado na prevenção e combate a essas doenças, que é quando se inicia o período sazonal da dengue, que vai até abril de 2019", aponta.

O número de notificações da dengue, segundo Daniela Cortez, caiu muito nos últimos dois anos. Segundo números da Vigilância em Saúde, atualmente há cerca de 49 casos notificados, dos quais apenas 7 deram positivo para a dengue. "Foi muito pouco. Em 2016 eram mais de 300 casos confirmados, em 2017 foram 22 e, de janeiro de 2018 até o presente momento, apenas 7 casos e esperamos que continue assim", acrescenta.

PREVENÇÃO
A Vigilância em Saúde pede apoio à população para que se mantenha controlados os números. Segundo ressalta Cortez, são ações simples, mas que podem fazer uma grande diferença e gerar grande impacto na comunidade como um todo. "Diariamente, deve-se verificar o quintal e se não há nada que possa acumular água. Às vezes você verifica e não encontra nada, mas no outro dia acaba acontecendo de alguém jogar algo que possa acumular água e vir a servir para o aparecimento de foco do mosquito", aconselha.

Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde são ações que ocupam apenas cinco minutos do cidadão. "Ele pode retirar dos quintais todo e qualquer tipo de recipiente e, em caso de materiais recicláveis, podem ainda ser direcionados à Associação dos Catadores de São Sebastião do Paraíso (Acasp). Nós temos que diminuir o local onde há a proliferação. O mosquito vive muito pouco tempo, cerca de 30 dias, se eliminarmos os locais  que possam vir a ser um foco em potencial, vai diminuir muito a dengue", ressalta..

TERRENOS
Quem é proprietário de terreno também tem que manter sua propriedade limpa, sob pena de ser multado. "O mosquito não se alimenta de sangue, mas de extrato arbóreo, e por isto ele vai ficar preferencialmente onde há mato, então é sempre bom olhar os vasinhos de plantas, ver se não há foco na água parada em bromélias e folhas de coqueiros que não se soltam completamente da árvore e que também acumulam água".

Cortez também destaca que podem ser feitas denúncias se moradores constatarem focos do mosquito em Paraíso como, por exemplo, em praças públicas e outros locais. "Hoje já não acontece mais, mas já chegamos a encontrar focos do mosquito em placas de trânsito que agora são tampadas para que não haja problema. O apoio da população é fundamental, já que existe um esquema a ser seguido pelos agentes da epidemiologia e, durante esse intervalo de entre uma fiscalização e outro, pode vir a surgir um foco do mosquito e é daí que nasce a necessidade da população em nos ajudar", completa.