Lamentavelmente, devido à crise financeira pela qual está passando o Brasil, vários municípios, e seus prefeitos, têm enfrentado o maior sufoco para conseguir cumprir com eficiência as obrigações administrativas. A falta de repasses por parte do governo do Estado tem afetado e muito os municípios mineiros, principalmente São Sebastião do Paraíso.
A situação do município paraisense é preocupante. O prefeito Walker Américo não está conseguindo pagar em dia o salário dos funcionários no quinto dia útil do mês subsequente, tanto os da ativa quanto o de inativos. O município está a bem dizer, estagnado com dívidas astronômicas herdada de administrações anteriores.
Paraíso completou 197 anos de sua fundação, data marcante, e há dezenas de anos tradicionalmente uma semana antes em comemoração eram realizados eventos festivos, inaugurações de obras e serviços, culminando com desfile cívico no 25 de outubro com a participação de alunos e professores da rede pública, também da rede particular de ensino, representantes de entidades e associações civis e militares.
Este aniversário de 197 anos foi triste, melancólico, não aconteceu nenhum evento festivo e cultural, não houve desfile, nenhuma inauguração, sequer de um palmo de calçamento com bloquetes ou pavimentação asfáltica, ou entrega de casas populares, de sala escolar.
Além disso é preocupante o estado de vias públicas com inúmeros buracos, a exemplo do Jardim Coolapa, Acapulco, Rubens Rocha, onde são tantos que, em pouco tempo a continuar assim irão virar crateras.
Também preocupa o encerramento de atividades, fechamento de grandes empresas, e de indústrias que geravam empregos e divisas e se transferiram para outros municípios.
São perdas que influem e muito na falta de circulação de dinheiro e, na própria arrecadação para os cofres do município. Temos que torcer para que a extensão da UFLA se consolide realmente em Paraíso.
E nunca é demais lembrar, pois a situação é preocupante, para que a prefeitura dê um jeito, urgentemente, de achar solução para construir novos túmulos no Cemitério da Saudade, antes que nos próximos aniversários da cidade tenhamos o desprazer de precisar sepultar paraisenses em cidades vizinhas.
No que pese a compreensível situação financeira difícil da prefeitura, data tão expressiva não pode passar em brancas nuvens, sem comemoração. Tradicionalmente ao longo da história do município, a não ser uma vez ou outra, por conta de mau tempo, os paraisenses sempre comemoraram o aniversário da terra natal. Com criatividade e buscando parcerias com antecedência, o aniversário da cidade poderia ter sido comemorado.