"PASTO SEGURO"

Homem é preso em Paraíso na Operação “Pasto Seguro” da Polícia de SP

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Acidente | 08-11-2018 15:00 | 15061
Tratores recuperados após a Operação Pasto Seguro na região onde vários suspeitos foram presos
Tratores recuperados após a Operação Pasto Seguro na região onde vários suspeitos foram presos Foto: Reprodução

Pelo menos um homem de São Sebastião do Paraíso está entre as 9 pessoas que foram presas na quarta-feira,8,  durante a realização da Operação "Pasto Seguro" realizada pela Polícia Civil de Franca. Durante os trabalhos foram cumpridos 8 mandados de prisão em várias cidades do interior paulista e um em Minas Gerais. Além das prisões, os agentes já haviam apreendido e devolvido às vítimas sete tratores, quatro caminhões, dois carros, 72 cabeças de gado e um cavalo levados pela quadrilha.

Segundo o delegado João Paulo de Oliveira Marques, titular na delegacia de Ituverava (SP) e quem presidirá o inquérito, as investigações sobre a quadrilha já vinham ocorrendo há cerca de três meses.  Ele informou que uma pessoa já estava detida, oito foram presas e mais três já possuem identificação, mas ainda não foram localizadas.  Embora tenha feito uma entrevista coletiva para falar sobre o assunto a policia evita dar detalhes sobre os envolvidos que foram presos, já que a operação foi realizada apenas em sua primeira fase.

Os trabalhos foram realizados logo pela manhã e resultou na prisão de pessoas suspeitas de fazer parte de uma quadrilha que furtava e roubava propriedades rurais na região. A ação com cumprimento de mandados foi desenvolvida além de São Sebastião do Paraíso e nas cidades de Restinga, Jeriquara, Cristais Paulista, Jardinópolis e Ribeirão Preto. Entre os homens presos, dois deles foram pegos em flagrante com armas e drogas, entre maconha e cocaína.

Os presos foram interrogados e levados inicialmente para o presídio do Jardim Guanabara, em Franca (SP). Conforme a polícia, outros três suspeitos são procurados, entre eles um homem de Ribeirão Preto que seria o líder do grupo. A prática de outros crimes é alvo das investigações. "Sabemos exatamente quando essa força-tarefa se iniciou, sabemos exatamente o que buscamos, mas nós não sabemos o que encontraremos, nem quando essa força-tarefa vai se encerrar", disse o delegado Rafael de Paula.

"Pasto Seguro"
A Operação foi iniciada depois que pequenos e grandes produtores rurais foram furtados, principalmente entre maio e junho deste ano. As investigações e diligências apontaram que os integrantes do grupo desempenhavam diferentes funções e havia uma espécie de hierarquia. A divisão das tarefas era feita entre os que guardavam os acessos às propriedades rurais para alertar os demais, os responsáveis por arrebanhar o gado furtado, os que levavam os animais embora para serem vendidos e o que controlava tudo isso, e assim sucessivamente.

"Tem aquele que fica responsável em localizar a propriedade, saber das vulnerabilidades, saber qual vai ser o gado que vai ser subtraído. E nesse caso em específico desse grupo ele ficava responsável por juntar as pessoas que praticariam o furto, por localizar aqueles que fariam o transporte, designaria aqueles que ficariam na guarda do acesso das propriedades evitando que fossem flagrados por ação da polícia", explica o delegado. Ainda conforme a polícia, o grupo retirava as placas dos tratores e remarcava o gado para facilitar as revendas sem levantar suspeita. O que era levado das propriedades, segundo as investigações, era levado para um local específico, oculto no meio da mata, em Guará (SP). Parte dos animais levados das propriedades foi abatida.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil já havia apreendido sete tratores, quatro caminhões, uma Hilux, um Santana e 72 cabeças de gado, que haviam sido levados de fazendas da região. Os delegados evitaram passar informações detalhadas sobre os presos para não atrapalhar as investigações que continuam em andamento.  "Foi apenas a primeira fase da operação. Outras pessoas e outros crimes estão sendo investigados. Nossa intenção não é somente proteger o patrimônio, mas, principalmente, proteger a vida das pessoas que residem na zona rural”, disse o delegado Rafael de Paula. (G1 São Paulo)