Controle de alérgenos no ambiente
Por: Rogério Calçado Martins | Categoria: Saúde | 17-11-2018 10:09 | 847
Há muitos “inimigos” espalhados pelo ambiente, os quais podem desencadear uma reação alérgica em seu cão ou em seu gato. Pólen, poeira, ácaros e vários outros alérgenos “escondem-se” na casa ou no quintal e provocam reações na pele, que vão desde uma coceira leve até a formação de urticária e feridas mais graves.
Mas há algumas medidas que podem ser tomadas com objetivo de diminuir a quantidade desses alérgenos e, consequentemente, a exposição dos mesmos aos animais no ambiente.
Apesar da Dermatite Atópica (que é a alergia causada por alérgenos ambientais não-específicos) envolver uma complexa relação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais, algumas modificações nos hábitos e no ambiente podem amenizar a situação dos sintomas clínicos de uma reação alérgica.
Para tentar diminuir a exposição aos ácaros da poeira doméstica, por exemplo, pode-se manter os animais em locais arejados e com boa penetração de luz solar. Outras medidas: uso de cobertas anti-ácaros nos colchões; limpeza do ambiente e aspiração do pó; não manter os animais em local abafado, com entulhos e nem embaixo de móveis (como cama ou guarda-roupas); evitar carpetes, tapetes e cortinas (ou retirá-los da casa, que é o mais aconselhável); usar umidificador de ambiente, se necessário, para manter a umidade relativa do ar entre 30 e 40%.
Já para minimizar a exposição à mofos e pólens, indica-se que os animais permaneçam em locais com grande penetração de luz solar, local arejado, seco e bem limpo. Deve-se evitar que o animal fique em ambientes muito úmidos, como banheiros e áreas de serviço. É essencial que, animais com histórico de alergia à mofos e pólens, fiquem longe de gramas e plantas (principalmente se tiverem orvalhadas ou se foram recém podadas). A ração deve ser estocada em lugar limpo e seco e o ambiente deve ser limpo com um bom fungicida, como o Hipoclorito de Sódio, por exemplo.
Essas medidas ajudam à manter um cão ou gato alérgico longe das crises por períodos mais prolongados ou mesmo minimizar o quadro alérgico, fazendo com que seja mais brando.
Em caso de dúvidas, procure um Médico-veterinário de Pequenos Animais.
*ROGÉRIO CALÇADO MARTINS – médico-veterinário – CRMV/MG 5492
*Especialista em Clínica e Cirurgia Geral de Pequenos Animais (Pós-graduação “lato sensu”)
*Membro da ANCLIVEPA (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais)
*Consultor Técnico do Site www.saude animal.com.br
*Proprietário da Clínica Veterinária VETERICÃO (São Sebastião do Paraíso/MG)