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Stefânia Queiroz: profissional dedicada que acredita na transformação pela educação

“Com o estudo e determinação todos os sonhos podem se tornar realidade”
Por: João Oliveira | Categoria: Entretenimento | 01-12-2018 12:30 | 1889
A professora da Libertas Stefânia Queiroz
A professora da Libertas Stefânia Queiroz Foto: ARQUIVO PESSOAL

A administradora e professora do curso de Ciências Contábeis, Sistemas de Informação e Enfermagem da Libertas Faculdades Integradas, Stefânia Aparecida Belute Queiroz, é uma profissional que vem se dedicando ao campo da pesquisa e obtendo grande destaque, prova disto é um trabalho desenvolvido por ela durante o seu mestrado de Engenharia de Produção pela UFSCar, e que foi apresentado na Conferência sobre Servitização em Lisboa. Stefânia é filha de Luciênio Naves Queiroz e Evani Aparecida Belute Queiroz, irmã mais velha do Luciênio Naves Queiroz Junior, mais conhecido como Juninho,  e da Vanessa Cristiane Belute Queiroz, a Nessa ou “Belutti” para a turma do handebol. Aos 35 anos, casada com Alysson Alexander Naves Silva (a quem ela chama de seu anjo da guarda), com quem teve as pequenas Sophia e Alícia, Stefânia conta um pouco da sua trajetória no campo da administração em Paraíso e também no acadêmico, ao qual vem plantando boas sementes e colhendo bons frutos. Outro anjo da guarda, conforme diz com todas as letras, é sua mãe.

Jornal do Sudoeste: Onde passou a infância e como foi essa fase na sua vida?
S.A.B.Q.:  Sou de Paraíso, não sou de uma família de posses nem de sobrenome, quesitos muito valorizados em nossa região, mas venho de uma família que valoriza muito o trabalho. Meu pai é marceneiro e minha mãe é dona de casa. Tive uma infância muito simples, mas com muito conteúdo e com minha mãe muito presente. Sempre depois da aula, durante a semana, eu brincava com meus irmãos e os amigos vizinhos, na maior parte das vezes na minha casa. Nós tínhamos um quintal muito grande, e parte dele era de terra, onde minha mãe plantava condimentos, alguns tipos de verduras e tínhamos algumas árvores frutíferas e ali era o nosso Paraíso. Tínhamos liberdade para sujar, correr, brincar, fazer arte, entre outras coisas de criança. Minha mãe sempre gostou muito de criança, então minha casa era sempre cheia dos nossos amigos e ficavam todos debaixo dos olhos dela.

Jornal do Sudoeste: E o que mais gostava de fazer?
S.A.B.Q.:  Nos finais de semana ou íamos para a casa da minha avó paterna Therezinha ou para o sítio da avó materna Brisa. Quando íamos para a casa da minha avó Therezinha nós brincávamos com madeira, tinta etc, fazíamos belas obras de artes e com minha avó aprendi a pintar (muito pouco) com tinta óleo, mas gostava mesmo era brincar de fazer crochê. Ficávamos horas fazendo e desmanchando trancinhas de crochê, embebedadas com café. Às vezes, ajudava minha tia a tirar os desenhos para fazer bordados, eram muitos desenhos, muitas cores e eu gostava muito. Quando íamos para o sítio, lá encontrávamos os primos, do café da manhã até a hora de dormir era uma festa só. Tomava leite no curral, brincava descalça, nadávamos no riacho, andava a cavalo, fazíamos quitandas e muitas outras coisas. Passei minha infância sempre com muito contato com a natureza com meus irmãos, amigos e primos ao meu redor. Foi uma infância muito saudável.

Jornal do Sudoeste: Como foi sua fase de escola, o que mais gostava nesta época e por onde passou durante a sua formação?
S.A.B.Q.:  Estudei do pré-primário até a 4ª série na Escola Estadual Campos do Amaral e depois, da 5ª série até a 8ª série estudei no Paraisense. Nesta época as matérias que eu gostava eram Português e Artes. No Ensino Fundamental me lembro de recitar alguns poemas em épocas festivas. Na época do Paraisense, empolgava-me muito com as aulas de artes. Lembro-me de um trabalho em que nós aprendemos a pintar vitral. Fiz o trabalho para a escola, mas depois pintei muito em vitrais e espelho, acho que ainda tenho alguns guardados. Fiz o colegial no Ditão, no primeiro ano estudei de manhã, mas do segundo ano em diante, estudei à noite porque comecei a trabalhar nesta época no Escritório de Contabilidade Pessoni. Lá eu entrei como estagiária e a minha primeira função foi telefonista, achava o máximo. Depois passei a ajudar o pessoal com os livros razão, diário, nota fiscal de entrada, nota fiscal de saída, era tudo manual, mas eu adorava. Depois de um tempo, comecei a fazer a contabilidade de pequenas empresas e logo eu saí, porque já estava concluindo o colegial e fui fazer cursinho para ingressar na faculdade.

Jornal do Sudoeste: Por que decidiu estudar Administração?
S.A.B.Q.:   Decidi estudar Administração por causa da experiência que tive no escritório e também pela influência de um tio que era administrador. Gostava muito da dinâmica do escritório, mas queria aprender como era tomar conta de uma empresa até chegar a todos aqueles documentos que eu tinha contato no escritório. A princípio pensei em cursar Administração na Libertas – nesta época chamava-se Faceac. Cheguei a me inscrever no vestibular que aconteceria em janeiro, mas no Natal meu tio me perguntou se eu gostaria de fazer cursinho em São Paulo, aceitei o convite e fui.

Jornal do Sudoeste: E como foi isso, não foi difícil para você?
S.A.B.Q.: Foi difícil, nessa época eu tinha 17 anos, morar numa cidade grande, estudar, lavar, passar, cozinhar, não foi fácil. Mas prestei vestibular em algumas faculdades e escolhi estudar em uma universidade federal e de cidade pequena, e então escolhi a UFLA. Na época do cursinho, fomos eu, uma prima e um primo. Nós morávamos em um apartamento perto de onde estudávamos. Pouco tempo depois, minha prima teve um problema de saúde e voltou para Paraíso, ficamos então eu e o meu primo. Meu primo foi trabalhar com o meu tio e eu continuei fazendo o cursinho e vinha para Paraíso, nos finais de semana.

Jornal do Sudoeste: Como foi se mudar para Lavras?
S.A.B.Q.: Quando fui morar em Lavras foi mais tranquilo do que em São Paulo. O fato de já ter saído de casa me ajudou muito. Mas a rotina era bem diferente, tinha que estudar muito mais do que para o vestibular. Porém, pude contar com muitos amigos, principalmente os que moravam comigo, Sadjo e Ana Nadine, ambos da África: o Sadjo cursava Engenharia Agrícola e era de Guiné Bissau e a Naná cursava Administração e era de Cabo Verde, pessoas excelentes, aprendi muito com eles. Na UFLA pude participar de vários projetos de pesquisa:  participei de um grupo chamado, PET, que era um Programa de Educação Tutorial onde nós éramos em 12 alunos, bolsistas do CNPq, e nós desenvolvíamos projetos de ensino, pesquisa e extensão com professores renomados. Também participei da Empresa Júnior, na época, tanto o PET como a Empresa Júnior, estavam entre os mais bem-conceituados do Brasil.

Jornal do Sudoeste: O era preciso para participar do PET?
S.A.B.Q.:  Havia alguns requisitos: não podia ter nota abaixo de 80 ou ser reprovado, nossa equipe era muito boa. Nós viajamos pelo Brasil, participando de congressos em outras universidades e desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão. As disciplinas que mais gostava eram relacionadas ao comércio exterior, gestão, marketing, RH, pequenas e médias empresas e agronegócios. Mas a grade curricular era bastante flexível e eu estava matriculada em um semestre, mas eu podia cursar as disciplinas do semestre seguinte se conseguisse disponibilidade. E assim o fiz, com isso me formei em três anos e meio.

Jornal do Sudoeste:  O que foi mais difícil durante a sua formação?
S.A.B.Q.: O mais difícil foi ficar longe de casa e conciliar os estudos com a rotina de casa e com as atividades do PET e da Empresa Junior. Eu entrava na faculdade às 7h da manhã e saía às 23h. Quando estávamos desenvolvendo alguma pesquisa, ficávamos até de madrugada ou algumas vezes até amanhecer, tabulando dados. Mas tudo valeu a pena.

Jornal do Sudoeste: Depois de formada o que decidiu fazer?
S.A.B.Q.: Em um dos projetos do PET, eu precisava ajudar a equipe a montar um congresso para que os outros alunos do curso e da universidade participassem. Nós precisávamos definir o tema, os palestrantes etc. Então, nós montamos um congresso com o tema: Casos de Qualidade, onde seria abordado o conteúdo sobre qualidade, com palestrantes que tivessem experiência no assunto e também convidamos empresas para apresentar os seus casos de sucesso. Eu ia entrar de férias em julho e depois das férias tínhamos que estar com tudo pronto. Então, vim para Paraíso, passar as férias e aproveitei e convidei duas empresas para participarem, a Polysuture e a Aviação. Os gestores aceitaram o convite e foram para Lavras. Depois de um tempo, precisei fazer o meu estágio final, então entrei em contato com a Polysuture e lá fiz meu estágio. E me surpreendi com a área de qualidade, que envolvia toda a empresa. Então decidi que queria trabalhar nesta área. Assim que formei fui chamada para trabalhar lá, inicialmente entrei como auxiliar de Sistema de Gestão da Qualidade, depois auditora líder, depois coordenadora de SGQ. Nessa época tive uma excelente professora de “aula prática”, a gerente de qualidade da empresa chamada Dorothea, e com ela pude aprender muito dessa área, a qual sou muito grata.

Jornal do Sudoeste:  Por que decidiu construir uma carreira acadêmica?
S.A.B.Q.: Depois de um tempo de Polysuture, fui convidada para lecionar a disciplina de Administração da Qualidade na Libertas. Aceitei o convite, pensei que seria somente por um tempo e estou lá até hoje. Por conta da carga horária dos dois trabalhos e com o nascimento de minha filha tive que escolher um dos empregos, então, apesar de gostar muito da fábrica, escolhi a faculdade, pois como as aulas eram à noite, me permitiria ficar mais tempo com minha filha. Porém, estou sempre em contato com o pessoal da fábrica, alguns colegas se tornaram meus alunos, o que também é muito gratificante.

Jornal do Sudoeste: A partir de então começou a ganhar espaço na Instituição...
S.A.B.Q.: Sim, comecei a lecionar outras disciplinas e surgiu a oportunidade de fazer o mestrado. Prestei o processo seletivo do mestrado em Engenharia de Produção da UFSCar, na linha de pesquisa que abordava qualidade, escrevi um projeto que abordava qualidade e PMEs e professor o professor Glauco, quem me examinou na banca e me escolheu para fazermos o trabalho de mestrado como meu orientador. Nós estudamos algumas ideias e decidimos estudar a Servitização em PMEs.

Jornal do Sudoeste:  Como começou trabalhar na Libertas e como tem sido essa experiência? Já são quantos anos de atuação?
S.A.B.Q.:  Eu comecei a trabalhar na Libertas em 2012, já são seis anos. No início, além da disciplina de Qualidade também lecionei a disciplina de Simulação de Empresas, foi muito legal, criamos uma feira onde os alunos montavam o plano de negócio e apresentavam suas empresas por meio da feira. Planejavam e colocavam a mão na massa vendendo seus produtos, cada ano escolhíamos um tema para a feira até que uma vez escolhemos como tema uma festa junina e ficou até hoje com a participação de todos os cursos e com a colaboração de outros professores do curso de Administração. Depois comecei a lecionar a disciplina de Metodologia de Pesquisa I, não é uma disciplina querida pela maioria dos alunos, mas serve de base para a elaboração do famoso Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC.

Jornal do Sudoeste: O temível TCC...
S.A.B.Q.:   Sim. Notávamos que os alunos tinham muita dificuldade em estruturar e elaborar o TCC. Então, nos anos iniciais da faculdade na disciplina de Metodologia de Pesquisa I, os alunos desenvolvem várias pesquisas e cada aluno apresenta o seu artigo como trabalho final da disciplina. E se contarmos de 2012 para cá, só na disciplina de Metodologia de Pesquisa I já desenvolvemos mais de 100 pesquisas, dos mais diversos assuntos. Os alunos do 2º período de Ciências Contábeis, por exemplo, apresentaram a pesquisa desenvolvida no Simpósio de Iniciação Científica, normalmente com a participação dos alunos que estão nos anos concluintes. Neste ano também tivemos a participação de dois alunos que desenvolveram uma pesquisa sobre o perfil dos egressos do ensino médio aqui de nossa cidade, no Simpósio de Iniciação Científica da USP em Ribeirão Preto e foram bem avaliados. É muito gratificante, participar do desenvolvimento de cada profissional.

Jornal do Sudoeste: Como tem sido o papel da educação superior em Paraíso? Hoje podemos dizer que nosso município não perde em nada para outras instituições em outras regiões?
S.A.B.Q.: Nós estamos desenvolvendo uma pesquisa, que trata exatamente sobre o papel da educação superior aqui em nossa cidade. Por meio dos resultados preliminares da pesquisa percebemos que a maioria dos alunos que estudaram na Libertas e que responderam a nossa pesquisa, conseguiu se inserir no mercado de trabalho, a maioria trabalha na área do curso que concluiu e teve sua renda aumentada. Também ficaram satisfeitos com o serviço prestado e com a qualidade do serviço e recomendariam a faculdade. Então, podemos afirmar que de acordo com os cursos que temos disponíveis, nós conseguimos atender com qualidade aos nossos alunos e proporcionar não somente a oportunidade de concluir o ensino superior, mas principalmente, a sua inserção no mercado de trabalho e a possibilidade de melhoria na qualidade de vida com o aumento da sua renda, ou seja, cumprimos com o nosso papel. A nossa cidade ainda é carente na diversidade de cursos ofertados. E muitos alunos saem daqui para fazer o curso de interesse ofertado em outras cidades. Realidade que aos poucos está sendo mudada, com a oferta de novos cursos pelas Instituições de Ensino Superior de nossa cidade.

Jornal do Sudoeste: Tem se questionado muito o papel do professor. Você acredita que o professor também tem o papel, para além de expor conhecimento, fomentar o debate sala de aula?
S.A.B.Q.:  Acredito que o professor tem um papel importante, seja por meio da exposição do conhecimento, seja por meio do debate em sala de aula ou até mesmo em simplesmente ouvir as inseguranças e os medos dos alunos que muitas vezes esperam o final da aula para conversar com o professor. O ambiente escolar é um ambiente de aprendizagem. E como aprendermos se não conversamos, discutimos ou refletimos sobre um determinado assunto? Hoje as informações estão disponíveis numa velocidade e numa quantidade absurda. E como assimilar todas essas informações e filtrá-las para realmente aprendermos? O debate em sala de aula é um dos meios que os alunos podem utilizar para apresentar o seu entendimento e ouvir o entendimento do outro, assim com visões diferentes cada um pode ter a sua conclusão e formar a sua opinião. E o professor, tem o papel também de mediador, para que os debates não saiam do eixo e ao invés de proporcionar um benefício se torne um problema.

Jornal do Sudoeste: Qual a importância das pesquisas de iniciação científica e como tem estado esse campo em Paraíso?
S.A.B.Q.: As pesquisas de iniciação científica proporcionam aos alunos, aprofundar e ampliar o seu conhecimento sobre um determinado tema de interesse. Apesar do perfil de nossos alunos na maioria ser mais voltado para o mercado e não para a pesquisa científica, temos o desenvolvimento de pesquisas interessantes, principalmente, dos alunos concluintes, por meio da elaboração TCC ou da monografia e algumas dessas pesquisas são publicadas periodicamente na Revista de Iniciação Científica da Libertas. Então, para o ambiente em que estamos, as pesquisas de iniciação cientifica são satisfatórias, mas poderiam melhorar caso os alunos quisessem partir para área acadêmica.

Jornal do Sudoeste:  Você terá um trabalho apresentado em congresso em Lisboa. Como estão suas expectativas e como foi o processo desta pesquisa até chegar a este resultado?
S.A.B.Q.: O trabalho apresentado na Conferência sobre Serviti-zação em Lisboa é o resultado de uma parte da pesquisa desenvolvida durante o meu mestrado. Eu e o professor Glauco, meu orientador, começamos a estudar sobre o tema em 2015. E depois fizemos todo o processo de levantamento de literatura sobre o tema e definimos que íamos estudar como a servitização acontece nas PMEs fabricantes de máquinas e equipamentos do Brasil. Levantamos as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos, mais de 10 mil empresas, selecionamos as empresas que estavam alinhadas com a pesquisa e então começamos a coleta de dados. Quem trabalha com pesquisa sabe que a fase de coleta de dados não é fácil, mas os meus alunos tiveram uma participação fundamental e conseguimos um bom resultado com a pesquisa. Foi um trabalho de três anos, com estudos até de madrugada, nos finais de semana, durante os jogos na copa. Acordava às 4h da amanhã ia para São Carlos, assistia às aulas, voltava à noite, com chuva, sem chuva, chegava para dar aula no segundo horário, ou seja, com uma rotina bem apertada. E ainda não terminou, a pesquisa continua, agora numa fase mais aprofundada, por meio da realização de estudos de caso. Teremos novos resultados que contribuirão tanto para os acadêmicos da área como para os gestores das empresas. Estou trabalhando nessa nova etapa e por isso, talvez quem apresente esse trabalho seja o professor Glauco. Estamos satisfeitos com a aceitação do trabalho pelos professores que estudam o mesmo tema na Europa e felizes por ter o trabalho reconhecido.

Jornal do Sudoeste: Qual a importância de incentivar os alunos a participar de congressos nas mais diversas áreas do conhecimento?
S.A.B.Q.: É importante incentivar os alunos a participarem de pesquisas, pois eles serão os geradores de informações que contribuirão tanto no meio acadêmico como para a sociedade em geral, trazendo novos conhecimentos para as áreas que atuam e desenvolvendo suas capacidades. E participar em congressos é ter a oportunidade de conhecer o que os outros alunos estudam, quais pesquisas estão sendo desenvolvidas atualmente e como nós podemos melhorar a região em que vivemos. 

Jornal do Sudoeste: Durante sua vida acadêmica, qual foi o momento mais marcante?
S.A.B.Q.: São dois momentos na verdade, um primeiro momento foi quando participei de um congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Santa Catarina, acho que em 2005, foi o primeiro grande congresso que participei. Lá estavam pesquisadores do Brasil inteiro e também do exterior. Assisti às mais diversas palestras, das 7h da manhã às 18h durante uma semana. Foi lá que eu entendi o que era a nanotecnologia e como influenciaria no nosso dia a dia. Eu me surpreendi com a quantidade de pesquisas que estavam sendo desenvolvidas no Brasil. Um segundo momento, que na verdade acontece até hoje, é quando sou atendida por algum dos meus alunos no local de trabalho deles. Eu fico muito feliz e realizada em ter contribuído para a sua formação e saber que eles estão bem.

Jornal do Sudoeste Qual o balanço que você faz durante toda a sua trajetória?
S.A.B.Q.:  A certeza que eu tenho é que sou abençoada por Deus. Por ter colocado pessoas boas na minha vida, pessoas que contribuíram para o meu aprendizado em cada fase e ter me protegido das ruins. Sou grata pela minha família, se não fosse o suporte da minha mãe e o apoio do Alysson (meu anjo da guarda), eu não estaria aqui nesta entrevista. Sou grata pelas pessoas que passaram pela minha vida profissional, aos colegas do escritório Pessoni, aos colegas da Polysuture (hoje Medtronic) e aos colegas da Libertas, em especial ao Darlan, Vilma, Denize, Davidson, Marquinhos e Sr. José Carlos que deram a oportunidade de realizar o meu trabalho e por me apoiarem sempre que preciso. Também sou muito grata pelo orientador que Deus colocou no meu caminho. O professor Glauco, ele desenvolve um trabalho espetacular, é um exemplo a ser seguido. Sou grata por poder contribuir e aprender com cada aluno. E eles sabem disso. Sou muito realizada profissionalmente. É o que eu sempre digo para eles: dar aula me descansa e eu me divirto com eles. Gostaria de aproveitar para agradecer a oportunidade em participar dessa entrevista. E também gostaria de dizer aos estudantes que aproveitem enquanto estudantes, pois com o estudo e determinação todos os sonhos podem se tornar realidade independente da classe social, sobrenome ou tipo de roupa que vestem.

A professora da Libertas Stefânia Queiroz e as filhas Sophia e Alícia