SANTA CASA

Santa Casa deve atualizar habilitação como referência em Gestão de Alto Risco

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 08-12-2018 20:10 | 769
Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde prorrogou o prazo para a permanência dos estabelecimentos que tiveram seus processos de atualização para habilitação como referência em Gestação de Alto Risco. A medida abrange 30 instituições hospitalares de todo o Brasil, sendo quatro em Minas Gerais, uma delas a Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso. O hospital que aderiu à Rede Cegonha vem recebendo recursos do Governo Federal para o desenvolvimento de ações em defesa da mulher gestante, parturientes e mães de bebês recém-nascidos.

A medida foi assinada pelo ministro Gilberto Occhi e estabelece a concessão de mais 180 dias para atualização. O prazo para a permanência dos estabelecimentos listados que tiveram seus processos de atualização para habilitação como referência em Gestação de Alto Risco prorrogados passou a contar em 1º de novembro deste ano. Em todo o Brasil são 30 hospitais que estão nesta condição. Os estabelecimentos anteriormente habilitados como referência e que não atualizaram a habilitação dentro do prazo estipulado, foram desabilitados.

O Ministério da Saúde tem investido na implantação e na qualificação dos serviços especializados em atendimento às gestantes de alto risco. Ampliar a oferta de maternidades especializadas e garantir maior segurança e melhor atendimento às gestantes e aos bebês em situações especiais é a proposta do governo. Desde 2013, com esta iniciativa, o Ministério da Saúde estimava um investimento de R$ 123 milhões por ano. A expectativa é de proporcionar atendimento e beneficiar cerca de 390 mil mulheres em situação de risco.

Todas as maternidades habilitadas como Alto Risco Tipo 1 (de menor complexidade) e Alto Risco Tipo 2 (de maior complexidade) recebem do Ministério da Saúde valores de custeio diferenciados por cada procedimento como partos e cesarianas em gestação de alto risco.

Os valores são escalonados de acordo com a habilitação sendo que a maternidade Tipo 2 recebem um incremento de 30% nos valores em relação à Tipo 1. A diferença entre as duas maternidades é em relação aos recursos tecnológicos e recursos humanos, sendo a Tipo 2 mais preparada para atendimento de casos mais graves.

Na Santa Casa de Misericórdia de Paraíso funciona uma UTI Neonatal que atende a região, mas muitas vezes, por sua referência em atendimento no setor recebe pacientes de outras regiões de Minas Gerais.

Na Santa Casa local também aderiu ao programa denominado Rede Cegonha desenvolvido pelo Governo do Estado e também pela União. Trata-se de uma estratégia do Ministério da Saúde que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez. A iniciativa abrange ainda situação de parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e vem sendo implantada, gradativa-mente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional. Neste ano a Santa Casa reinaugurou a nova Casa da Gestante em parceria com o Governo do Estado.

A casa acolhe mães da micro e macro região além da zona rural coberta pela Santa Casa de São Sebastião do Paraíso. Composta por uma equipe multi profissional, a casa abriga mulheres com risco obstétrico que precisam de acompanhamento ambulatorial e também mulheres que precisam ser monitoradas após o parto. Na maternidade são recebidos muitos casos de partos prematuros e a Casa da Gestante cobre a necessidade para que estas gestantes tenham um local adequado para sua recuperação.