MÉDIA DE VIDA

É questionável quando se fala ser 76 anos a média de vida dos brasileiros

Por: Sebastião Tadeu Ribeiro | Categoria: Cidades | 08-12-2018 20:12 | 714
Foto: Reprodução

Tomando por base o mês de novembro de 2017 o “JS” procedeu levantamento sobre o número mensal de óbitos, pessoas sepultadas no Cemitério da Saudade em São Sebastião do Paraíso, e consequentemente a expectativa de vida da população paraisense. Pelo período de um ano o levantamento foi feito mês a mês.

Levantamento constatado com números oficiais coletados, sem “achômetro”. A soma total da idade das pessoas sepultadas no período divididas por 541, ou seja o número de sepultamentos , apontou a expectativa de vida em 67,02 anos para os paraisenses.

Em novembro passado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – procedeu pesquisa de expectativa de vida nas três maiores cidades da Região Sudoeste de Minas, ou seja, Passos, São Sebastião do Paraíso e Piumhi.  Números obtidos pela pesquisa do IBGE batem corretamente com o levantamento feito pelo Jornal do Sudoeste.

Passos, Paraíso e Piumhi têm boa infraestrutura, saneamento básico, tratamento de saúde, hospitalar, padrão de vida e um dos climas mais agradáveis do país. Então, pesquisas que apontam que a idade média de expectativa de vida da população brasileira seria de 76 anos, tem que ser criteriosamente revista e reavaliada pelos institutos e também pelos governos,  em nível nacional estadual e dos municípios.

Números apontam que nos três municípios (Passos, Paraíso, Piumhi) desenvolvidos, a expectativa de vida está mais baixa em quase 10 anos, e há alguma coisa errada, e muito, nesses levantamentos que servem de cálculo, de base para aposentadoria da população brasileira.

Se na Região Sudeste, uma das mais ricas do território brasileiro, o número do IBGE e levantamento do “JS” coincidem apontando 67,02 anos, imagine então, como será nas regiões Norte, Nordeste, Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e mais ao norte do Centro Oeste do Brasil. Populações que moram em pequenas cidades e zona rural.

O INSS já mencionou que a partir de janeiro de 2019 irá aumentar por mais três meses o tempo de contagem para o cálculo de aposentadorias dos brasileiros. Então, em vez de plano de aposentadoria, será “plano funerário”.