Últimos anos tem-se tornado mais comum para médicos-veterinários ver seus pacientes apresentando problemas comportamentais. Em parte, isso reflete a mudança no papel do cão na sociedade, como uma raça destinada à ambientes de fazenda vivendo em uma casa com quintal restrito, por exemplo.
Os tipos de problemas comportamentais e o seu grau de severidade variam enormemente. Em geral, as insatisfações dos proprietários são mais “incômodos” do que problemas sérios ou perigosos. Desses “incômodos”, os mais frequentes são os comportamentos de defesa territorial, superproteção do proprietário e vocalização excessiva. Comportamentos destrutivos e saltos sobre pessoas também são queixas comuns.
Um exame clínico feito por um médico-veterinário perceberá problemas que podem ser sérios e, conjuntamente com o proprietário, tentará resolvê-lo da maneira mais adequada. Quanto mais cedo for a intervenção e tentativa de mudança, melhor será.
O tratamento deverá incluir visitas constantes ao veterinário (à cada 6 ou 12 meses) para reavaliar questões como presença de comportamento rebelde, desenvolvimento de sinais de agressão e sujar a casa. Esses problemas podem levar um tempo prolongado para a adequação de um tratamento, que é caso-dependente, ou seja, “para cada caso um tratamento”. Problemas comportamentais mais simples podem ser manejados com sucesso em pouco tempo, mas problemas sérios requerem tempo mais espaçado e muita paciência do proprietário.
O médico-veterinário deve dedicar atenção apropriada ao paciente problemático, e o proprietário, por sua vez, deve adequar seus modos e seu tempo na realização da continuidade e manutenção do tratamento/treinamento.
*ROGÉRIO CALÇADO MARTINS – médico-veterinário – CRMV/MG 5492
*Especialista em Clínica e Cirurgia Geral de Pequenos Animais (Pós-graduação “lato sensu”)
*Membro da ANCLIVEPA (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais)
*Consultor Técnico do Site www.saude animal.com.br
*Proprietário da Clínica Veterinária VETERICÃO (São Sebastião do Paraíso/MG)