Um ato de vandalismo praticado contra uma árvore da espécie sibipiruna, muito comum existente em ruas e praças públicas causou a revolta da população de São Sebastião do Paraíso durante a semana. O caso foi registrado na manhã de sábado (8/12), nos jardins da Casa da Cultura e o crime teria ocorrido possivelmente na noite anterior. A árvore foi incendiada e como já estava com o tronco comprometido teve de ser sacrificada e acabou sendo erradicada já que havia risco de tombamento sobre a via, podendo atingir uma pessoa ou veículo que estivesse passando pela rua João Caetano, no Jardim Vitória.
Em nota a Secretaria Municipal de Meio Ambiente anunciou que fez o corte emergencial da sibipiruna. "A medida foi tomada depois que a árvore foi atingida por fogo, provocado por pessoa ainda não identificada", diz o comunicado. Um engenheiro ambiental do município analisou a estrutura e constatou que ela foi comprometida, correndo o risco de cair a qualquer momento.
Para evitar maiores transtornos, servidores da Secretaria Municipal de Obras foram acionados e fizeram o corte. A sibipiruna é uma árvore de porte muito grande, inadequada para arborização urbana, pois, causa danos na fiação elétrica, calçadas irregulares, oferece risco de queda sobre residências e às estruturas subterrâneas de imóveis e rede de água e esgoto. Há cerca de três semanas o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente, já havia autorizado o corte de uma árvore na região da Casa da Cultura.
A ação de quem colocou fogo na sibipiruna causou revolta das pessoas nas redes sociais, com várias críticas a quem cometeu o crime ambiental. O funcionário municipal Vicente Inácio Duarte que nos finais de semana trabalha no local foi uma das pessoas a se manifestar. "Sábado passado, ao chegar na para abrir o Museu Histórico me deparei com bombeiros próximo a uma árvore em chamas atrás da Casa da Cultura e logo depois um funcionário da Prefeitura com uma moto serra para derrubá-la", disse.
Ele disse ter ficado sabendo por um morador das imediações que na noite anterior uma pessoa havia colocado fogo no tronco. "Quando estive trabalhando lá, sempre via atitudes de vândalos que deixavam sujeiras por todos os lados, chegaram até mesmo a colocar fogo em um terreno vago e sujo atrás do posto de combustível. Sempre alertei e nada foi feito", protesta. Vicente classificou como "maldade" o que foi feito com a árvore.
Ele sugere que a Guarda Municipal que possui ponto base na Casa da Cultura e é responsável pela Guarda do Patrimônio poderia ajudar a proteger as áreas no entorno também. Lamentando a situação ele resumiu a situação dizendo que "quem ama cuida", finaliza.