Moradores do Jardim Ro-sentina de Figueiredo que residem próximo a uma empresa de sacarias voltaram a reclamar e protestar contra o estabelecimento instalado no bairro. As queixas são referentes ao barulho entre outros transtornos ocasionados no local. Nesta semana segundo informações obtidas pelo Jornal do Sudoeste homens do Corpo de Bombeiros estiveram no local onde localizaram e exigiram a retirada de galões que estariam sendo utilizados para o armazenamento de óleo de forma irregular.
O caso foi registrado no final de março e começo de abril do ano passado, quando as instalações da empresa chegaram a ser interditadas. Além de envolver a Câmara Municipal, o assunto ganhou grande repercussão quando o empreendedor resolveu desabafar. Conforme o empresário Cristian Silva ele possuía os laudos de dedetização garantindo as boas condições de conservação do lugar.
As reclamações que levaram a fiscalização da Prefeitura ao local era o aparecimento de animais como ratos, baratas, além do barulho e fluxo intenso de caminhões. As queixas foram descartadas pelo dono da empresa. Silva chegou a reclamar que após a visita dos fiscais foram-lhe cobradas várias taxas e ele não sabia como proceder, já que teria de dispensar os 10 funcionários existentes e encerrar as atividades.
Na época, o agora presidente da Câmara, Lisandro Monteiro, saiu em defesa do empresário reconhecendo o esforço do amigo para manter o estabelecimento aberto na cidade. Foi citado sobre o investimento para “construir a fabriquinha organizada e bem estruturada” que, no entanto estava sem o alvará de funcionamento. Ele chegou a interceder junto ao prefeito para contornar a situação e evitar o mal estar causado com a visita da fiscalização da Prefeitura.
A empresa que tinha a documentação registrada em São Tomás de Aquino estava se transferindo para São Sebastião do Paraíso. Na oportunidade foi concedido prazo para que fosse regularizada a parte de documentação como alvará sanitário, diagnóstico ambiental e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Ainda de acordo com o Município, por estar inscrito no programa Micro Empreendedor Individual (MEI) a empresa poderia ter somente um funcionário registrado, sendo descabida a dispensa de 10 trabalhadores.
Reclamações permanecem
Nesta semana a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram novamente acionados para tomarem providências em relação ao mesmo estabelecimento. No entanto, segundo vizinhos, a polícia disse que nada poderia ser feito enquanto que os bombeiros teriam afirmado que o local não possui alvará para produzir sacaria. “Não sabemos se eles têm o alvará da prefeitura. Os vereadores vieram aqui prometeram ajudar a empresa mesmo sabendo que não há documentos e esta irregular”, disse uma moradora indignada com a situação.
Vizinhos se queixam que nenhum vereador procurou os moradores das imediações para saber da situação e sobre os incômodos causados pela empresa que estaria sendo protegida. “Não sabem que a sacaria às vezes começa a fazer barulho com as máquinas bem antes das 07h00 da manhã. Que os vizinhos ao redor escutam boa parte das conversas e palavras de baixo calão, pois, falam alto devido ao barulho das máquinas. Não sabe que não respeitam finais de semana nem feriados”, aponta a moradora. Ela diz que passado praticamente mais um ano da primeira denúncia, não sabe a quem recorrer.
Se não bastasse outro problema apontado teve intervenção do Corpo de Bombeiros que esteve no local e vistoriou o galpão da empresa. A acusação era de que no local havia vários recipientes destinados para o armazenamento ilegal de óleo. “Aquilo ali é um risco danado de ocorrer um incêndio, uma explosão e destruir todo o quarteirão. Vão esperar ocorrer uma tragédia para depois tomarem providências”, indagou a moradora. No entanto, na vistoria feita no local os Bombeiros determinaram que todos os recipientes fossem retirados do barracão da empresa. Entre os materiais removidos havia galões e vasilhames com capacidade de armazenar até mil litros cada. Na ocasião foi constatado que estes reservatórios estavam vazios.