GREVE

Greve é encerrada: movimento arregimentou poucos servidores

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Cidades | 20-03-2019 19:23 | 602
Em assembleia servidores decidem pelo fim da greve motivada pelo pagamento de salários atrasados
Em assembleia servidores decidem pelo fim da greve motivada pelo pagamento de salários atrasados Foto: Fernanda Melo

Servidores públicos municipais durante Assembleia Geral Ordinária realizada no anfiteatro da Secretaria Municipal de Obras, de São Sebastião do Paraíso deliberaram sobre o fim da greve da categoria. O movimento paredista foi deflagrado em 29 de janeiro e a paralisação deveria ocorrer a partir de 8 de fevereiro. Por unanimidade entre os presentes foi decidido pelo encerramento da greve que teve pouca adesão entre os servidores. Na teoria a greve durou cerca de 40 dias, mas na prática foi uma semana de mobilizações e manifestações públicas e conscientização da comunidade.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso e Sudoeste, Rildo Domingos da Silva este tipo de ação acaba servindo para o amadurecimento de todos os envolvidos. “Como salientamos desde o início é uma responsabilidade muito grande e implica em doação, dedicação de cada servidor”, avalia. Apesar da pouca adesão ele diz que o Sempre nunca virou as costas para os servidores. “Se não participássemos poderíamos ser acusados de sermos corruptos, de não atuar pela causa dos nossos trabalhadores, mas vestimos a camisa e fomos à luta junto aqueles que ombrearam o movimento junto conosco”, destaca.

Quanto aos resultados o sindicalista diz que só o fato de que a greve fosse deflagrada já serviu para que a Prefeitura pagasse parte dos salários que estavam atrasados. “Acaba-se tornando um aprendizado e saímos fortalecidos, uma vez que tivemos evoluções em relação a principal reivindicação que era o pagamento dos salários em atraso dos trabalhadores da ativa e dos aposentados”, avalia o presidente.

Ele entende que tudo funciona como um jogo de xadrez e cada tem o momento de movimentar suas peças. “Nós fizemos a nossa parte e saímos de cabeça erguida”, diz.

Rildo Domingos assegura que existe um trâmite legal antes, durante e depois da greve. “Procuramos fazer tudo dentro da lei justamente para assegurar os direitos de cada trabalhador envolvido, sem que houvesse qualquer prejuízo a qualquer um dos participantes da greve”, aponta. O sindicalista destaca que toda ação precisa ser planejada, com conhecimento, visão ampla dos fatos. “Crescemos com isso, aumentaram as filiações, o pessoal esta ficando mais conscientizado é sinal de que o trabalho realizado ao longo do tempo aos poucos está surtindo efeito”, finaliza.

Em assembleia servidores decidem pelo fim da greve motivada pelo pagamento de salários atrasados