“Caótico” foi o adjetivo usado pelo vereador Marcelo de Morais durante o Grande Expediente da Câmara Municipal na noite de segunda-feira (18/3) para definir situação vivida pela 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil em São Sebastião do Paraíso. Morais disse que muitos dos crimes cometido no município estão sem resolutividade por falta de estrutura da PC e solicitou que um delegado fosse convidado para falar sobre situação da delegacia. Conforme o vereador, a Polícia Civil de São Sebastião do Paraíso está completamente abandonada e há falta de recursos humanos.
Em novembro de 2018 o Jornal do Sudoeste publicou matéria falando da situação. Em entrevista o delegado Vinícius Zamó informou que desde que assumiu o cargo em 2012, a PC em Paraíso perdeu 10 investigadores e seis escrivães sem reposição deste quadro. Para funcionar o experiente normal e plantão ele informou que devia ser pelo menos oito delegados para dar conta da demanda, para que ele, por exemplo, não tivesse que fazer plantão e descobrir o expediente.
À época, Zamó lamentou a falta de gestão que, segundo apontou, vem prejudicando a população e disse acreditar que os munícipes também não têm dado tanta importância a PC, e que quando questionada sobre sua necessidade, não pensa nos serviços que são oferecidos como trânsito e identidade.
“Porém, quando morre um ente querido que precisa ser mandado para o IML e que fica caríssimo, a população sente o peso dos nossos serviços. Mas não tenho muito o que fazer, porque não tenho esse transporte, nem médico legista, é um serviço que deveria ser prestado pela PC e que é caríssimo, onera a população e ela não percebe”, disse.
Por fim, Morais falou da importância e necessidade de se dar atenção ao caso. “Os policias querem trabalhar, mas não tem material humano. Além disto, gostaria que fosse enviado um ofício em nome da Casa para o chefe da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais relatando todo esse problema e requerendo que seja enviado material humano para a nossa cidade. Muitas dos servidores estão pedindo remoção e não colocam ninguém no lugar”, completou vereador.