A Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso poderá paralisar o atendimento que e feito na Casa da Gestante. A informação é de Adriano Rosa do Nascimento, presidente da Comissão de Intervenção do hospital que denuncia a falta de repasse de recursos pelo Governo do Estado para a manutenção do serviço. "Trata-se de uma casa que atende, abriga e acolhe as mães em um momento tão importante, principalmente aquelas que não têm onde ficar antes e após parto, além daqueles que necessitam acompanhar os filhos internados na nossa UTI Infantil", esclarece.
Conforme informações do diretor da Santa Casa a situação está se tornando preocupante porque o serviço foi criado, mas o Estado não envia recursos para a manutenção da casa. "Estamos fazendo este alerta devido a situação que está ficando cada vez mais difícil. Desde 2016 que estamos sem receber nenhum repasse financeiro e com o acúmulo das despesas de custeio vai ficar inviável continuar atendendo", comenta Adriano. O interventor aponta que anualmente deveriam ser repassados cerca de R$ 240 mil. "Nestes três anos a defasagem é superior a R$ 800 mil".
A Casa de Apoio à Gestante e Puérpera é fruto de um programa do Governo do Estado de Minas Gerais. A casa acolhe mães da micro e macro região além da zona rural coberta pela Santa Casa de São Sebastião do Paraíso. "Sim é um lar abrigo para as mães que não têm onde ficarem um momento importante de suas vidas quando ocorre o nascimento do bebê. Em alguns casos o recém-nascido precisa ficar internado no hospital e a mãe não tem onde ficar e nem pode pagar um hotel, então a casa faz este acolhimento", diz Adriano Nascimento.
No local o serviço de atendimento é realizado por uma equipe multidisciplinar. "Elas têm o atendimento médico, de enfermeiras, assistentes sociais e psicólogas que fazem o acompanhamento em um trabalho muito bonito, mas que infelizmente não podemos bancar este tempo todo sem qualquer contrapartida do governo", acentua o dirigente do hospital.
Segundo levantamento há uma média de 6 a 8 pacientes atendidas por semana já que o hospital atende parturientes de Paraíso e de outras cidades da região. "Em nossa maternidade recebemos muitos casos de partos prematuros e a Casa da Gestante cobre a necessidade para que as gestantes de toda região possam ter um local adequado para sua recuperação. No entanto, não há perspectivas de quando iremos receber o que pode fazer que em breve tenhamos de paralisar a prestação de serviço", lamenta o interventor. "É uma tristeza não termos e não sabermos onde poderemos chegar", finaliza.