DOENÇAS

SES divulga boletim epidemiológico sobre doenças causadas pelo aedes

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Cidades | 25-03-2019 21:37 | 1528
Há mais de um mês vigilância tem utilizado carro fumacê para tentar reduzir focos do mosquito aedes aegypti na cidade
Há mais de um mês vigilância tem utilizado carro fumacê para tentar reduzir focos do mosquito aedes aegypti na cidade Foto: Reprodução

A SES (Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais) divulgou durante a semana mais um Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. Na região São Sebastião do Paraíso aparece como sendo a segunda cidade com maior incidência de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, com 422, atrás de Passos que tem 555 situações. Em 2019, até na quarta-feira, 20, foram registrados 54.606 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue.

Neste ano já foram confirmadas até a data de divulgação do boletim a ocorrência de cinco óbitos por dengue  em diferentes cidades. A SES ressalta, no entanto, que os óbitos em questão foram notificados ao longo de 2019 e não são, necessariamente, óbitos recentes. Ainda neste ano, 18 óbitos permanecem em investigação para dengue.

Em relação à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou 715 casos prováveis da doença. Em 2019, até o momento, não houve registro de óbito suspeitos da doença. Já quanto à Zika, foram registrados 222 casos prováveis da doença em 2019, até a data de atualização do boletim. A SES-MG esclarece que um registro maior de casos é esperado para este período (meses quentes e chuvosos) devido à sazonalidade da doença. Dessa forma, o estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika).

A Secretaria de Saúde destaca ainda que as ações de controle da Dengue, Zika e Chikungunya são permanentes, ocorrendo durante todo o ano. Dentre as ações desenvolvidas pela Secretaria para o enfrentamento ao Aedes estão várias medidas. Entre elas consta a realização de reunião técnica com as regionais de saúde para revisão das atividades do Programa Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes. Outra medida é o monitoramento dos indicadores municipais do PROMAVS (Programa de Monitoramento das Ações de Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais).

Dentre todos os indicadores, um deles é referente à obrigatoriedade de cadastro dos agentes de combate a endemias (ACE) no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde) pelo município, mantendo vínculo no serviço. Isso gera continuidade nas ações de prevenção e controle das arboviroses. Também aparece na relação a Elaboração dos Planos de Contingência Estadual e Municipais para prevenção e controle das doenças transmitidas pelo Aedes. A partir da fase em que o município se encontra algumas ações são desencadeadas pelo Estado.

Na lista
A reportagem do Jornal do Sudoeste selecionou nove cidades da região onde de acordo com o Boletim Epidemiológico há incidência de dengue. Passos lidera o ranking regional com 555 enquanto Paraíso vem em seguida com 422 ocorrências. A lista tem ainda os dados referentes a outros municípios que também registraram casos de pessoas contaminadas por dengue como é o exemplo de São Tomás de Aquino que tem 68 situações registradas.

Desde 2011 os quatro sorotipos do vírus da dengue foram identificados no Estado de Minas Gerais, com predomínio da circulação do sorotipo DENV1. O ano de 2018 apresentou o sorotipo DENV2 predominante entre as amostras testadas, o que está até o momento identificado (Gráfico 3).

Em 2019, 886 amostras foram processadas para monitoramento viral da dengue, com identificação do sorotipo DENV2 em 184 amostras sendo que Paraíso está relacionado.

O mesmo acontece para casos de sorotipo DENV1 foi detectado em 19 amostras nos municípios de Belo Horizonte, Francisco Sá, Gameleiras, Mirabela e São Sebastião do Paraíso. O sorotipo DENV3 foi detectado em duas amostras no município de Belo Horizonte. O município paraisense aparece ainda no mapa de cidade com possível incidência de casos prováveis de chikungunya por município de residência no ano de 2019.