Diretores e funcionários de seis cooperativas de crédito que integram a Unidade Administrativa da Regional Sul reuniram-se nesta terça feira (21/5), no auditório do Sicoob NossoCrédito, em São Sebastião do Paraíso. A Regional Sul é coordenada por Leonardo Lima Diogo, presidente do Sicoob NossoCrédito.
Trata-se de reunião para alinhar ideias, conforme definiu Geraldo Souza Ribeiro Filho, presidente da Agrocred, de Guaxupé, a maior cooperativa do Sistema Crediminas. Ele também preside o Conselho de Administração do Sicoob Central Crediminas, sediado em Belo Horizonte.
“Temos no Estado de Minas nove regionais e a gente vai em cada local ouvir ideias e propostas e soluções o que é preciso ser feito para continuar caminhando este caminho exitoso”, disse Geraldo Souza Ribeiro Filho.
O Sicoob Crediminas conforme salienta, possui 79 cooperativas singulares vinculadas ao sistema, com 580 agências em Minas Gerais, sendo a maior rede no Estado, superando até mesmo o Banco do Brasil que vem em segundo lugar com 472 agências. E quando se fala em “potencial” o Sicoob vem logo em seguida do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, enfatiza.
O crescimento é atribuído por Ribeiro Filho às vantagens que o Sistema Sicoob tem proporcionado em termos de “atendimento humanizado, taxas tarifas mais baixas pelos serviços. Isso aqui é nosso onde se elege e pode ser eleito. Como é cooperativa, sobras apuradas em resultados são dividas para cooperados. Sobrou parte para reserva e outra é distribuída proporcionalmente para cada associado levando em conta o que ele proporcionou para a cooperativa. É um negócio justo” observa.
Questionado sobre o momento econômico pelo qual passa o país, Ribeiro Filho admite que “é muito difícil, a conjuntura econômica é complicada, mas vai se acertar”. Ele no entanto diz “ter muito medo da evolução tecnológica que está mudando os meios de se fazer negócios, então, o grande desafio nosso é conseguir passar essa grande mudança tecnológica. Os pagamentos cada vez mais são de pessoa a pessoa, necessitando menos de intermediários, então temos que mudar nosso meio de trabalhar”.
Ressalta que cooperativas estão com dinheiro sobrando e coincidentemente “o que admira no Sistema Sicoob é receber muito mais depósito dos cooperados do que cooperativas emprestam”. E acrescenta: “Pegar dinheiro barato, qualquer bobo pega, mas botar o rico dinheirinho aqui e confiar na gente é mais difícil”, o que afirma ser “um sinal de confiança”.
Leonardo Lima Diogo acrescenta padrão de profissionalismo, índice técnico bastante expressivo observado no Sistema Sicoob.
Como agente financeiro, Ribeiro Filho explica que o Sistema Sicoob tem disponível dinheiro acima da procura por cooperados em busca de financiamento, com recursos do Funcafé. “A procura tem sido relativamente pequena, mas desse momento para frente poderá ser maior, para custeio e pré-comercialização”. ““Venha para cá, quem está aqui não sai, e quem não veio ainda é porque não sabe o tanto que é bom”, conclui.
Jésus Ferreira de Carvalho é diretor na Crediminas em Belo Horizonte, e também realça o sistema cooperativo de crédito. “O associativismo tem o viés de valorizar pessoas, e cooperativas regionais atuam onde o cidadão mora, importante deixam os recursos onde atuam”. Diferente disso, Jésus Ferreira cita exemplo de instituições financeiras que atuam em sentido contrário e anunciaram o fechamento de grande número de agências em pequenas comunidades, e “isso traz dilema muito grande para as pessoas”.
A reunião no auditório do Sicoob NossoCrédito iniciou-se às 9 horas e se estendeu pela parte da tarde com a participação de diretores e funcionários da Agrocred (Guaxupé), CredInter (Guaranésia), Credialpi (Alpinópolis), Credicarmo (Carmo do Rio Claro) e Cooperosa, de Alterosa.