MULHERES PRODUTORAS

Encontro de Mulheres Produtoras

Por: Nelson Duarte | Categoria: Agricultura | 14-03-2020 00:41 | 2364
Engenheira agrônoma Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho
Engenheira agrônoma Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho Foto: Nelson P. Duarte

A engenheira agrônoma Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho, extensionista da EMATER-MG em Jacuí, foi uma das palestrantes no “Encontro de Mulheres Produtoras”, evento realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, quinta-feira (12/3), no Parque de Exposições João Bernardes Pinto Sobrinho em São Sebastião do Paraíso.

No encontro houve a participação de produtoras no­ segmento agropecuário, fruticultoras, artesãs, avicultoras, comerciantes, empresárias. O objetivo do evento foi “reconhecer e valorizar a mulher que, a cada dia tem maior destaque na sociedade”.

Na programação foram incluídas palestras motivacionais e de aspecto técnico e gestão de negócios, bem como de relatos de histórias de vida, exemplos de trabalhos persistentes que têm rendido além do prazer pelo que se faz, bons resultados financeiros.

A engenheira Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho tem em seu DNA, sangue de pais, família de agricultores. Nascida em Araras (SP), ainda adolescente, mudou-se com sua família para Ibiá (MG). Conforme relatou em sua palestra, foi um recomeço, de vez que motivado por mudança de plano econômico em 1994, seus pais “perderam tudo”, menos a fibra e disposição.

Conforme relatou, “nascida na roça”, não teve dúvida em escolher: prestou vestibular e ingressou no Curso de Agronomia da Universidade de Viçosa em 1997, lembrando que seus pais a influenciaram “nesta paixão pela agricultura”.

Formou-se em 2002 aos 23 anos, casou-se com o também engenheiro agrônomo Antônio Carlos Gomes de Carvalho e mudou-se para Manhuaçu, passando a atender vários municípios como Ponte Nova, Viçosa, e até Capelinha, entre outros, quando teve a experiência de trabalhar e conhecer a realidade da cafeicultura e as matas de Minas.

Ingressou na EMATER-MG em 2006, e passou a exercer a função de extensionista em Jacuí em 2017, mas residindo em São Sebastião do Paraíso. Sua experiência como produtora de café iniciou-se em 2002, atividade partilhada com o marido em um sítio que ainda mantêm em Manhuaçu, além de uma propriedade que arrendaram na região do Morro Vermelho no município paraisense em 2017, onde a cafeicultura é o carro-chefe.

Mãe de dois filhos, a quem tem passado valores morais o amor pelo Meio Ambiente, “a mesma paixão”, recebida de seus pais, Sirlei disse se sentir realizada, pois tem sido com “muita luta e muitos anjos em seu caminho”.