A fazenda experimental de São Sebastião do Paraíso administrada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) participa dos estudos destinados ao desenvolvimento de cultivares de café adaptadas à colheita mecanizada no estado. Através de um trabalho de melhoria genética busca-se gerar plantas com características que favoreçam o manuseio da planta. O trabalho é conduzido pelos pesquisadores Gladyston Rodrigues Carvalho e Cesar Elias Botelho e foi iniciado em 2007.
A colheita do café pode ser realizada de forma manual, semimecanizada ou mecanizada. A mecanização é uma prática que tem se consolidado, já que ameniza a escassez de mão de obra e garante o uso eficiente dos recursos, além de permitir a precisão das operações agrícolas. A colheita semimecanizada utiliza máquinas portáteis na coleta dos frutos: uma rígida haste vibratória gera impacto e induz vibração mecânica dos frutos e galhos do cafeeiro.
Os estudos estão sendo conduzidos nos campos experimentais de São Sebastião do Paraíso e Machado, no Sul de Minas. A pesquisa é realizada com a avaliação de 33 materiais resistentes à ferrugem do cafeeiro.
Segundo a pesquisadora Juliana Costa de Resende, que integra o Programa Estadual de Pesquisa Cafeicultura da Epamig, o trabalho leva em consideração a importância do café para a economia nacional. “Dada a relevância dessa cultura para o país e a falta de cultivares existentes com essa aptidão, estamos desenvolvendo este trabalho para avaliar o uso de características da colheita semimecanizada como critério para a seleção de progênies de café”, explica
Estudos genéticos conduzidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) buscam desenvolver plantas de café melhoradas, adaptadas ao processo de colheita mecanizada. O trabalho, conduzido pelos pesquisadores Gladyston Rodrigues Carvalho e Cesar Elias Botelho, começou em 2007, nos Campos Experimentais de São Sebastião do Paraíso e Machado, no Sul do estado, com a avaliação de 33 materiais resistentes à ferrugem do cafeeiro.
Dentre os materiais testados, dez foram selecionados inicialmente por meio de características agronômicas. Na safra 2014 e 2015, foram observados critérios como queda natural dos frutos, força de desprendimento de frutos verdes e maduros, produtividade, desfolha na colheita, vigor vegetativo após a colheita e eficiência da colheita. Nos resultados já registrados, foi percebido aumento de eficiência na colheita, o que reduz os custos operacionais e de combustível e a depreciação de equipamentos.
Atualmente, quatro das progênies continuam sendo estudadas, como informa Juliana Costa. “Com essas quatro, vamos continuar os trabalhos de pesquisa para lançar uma cultivar que combine produtividade, vigor, resistência à ferrugem e que seja adaptada à colheita mecanizada”, afirma.
A pesquisadora acrescenta que “ainda faltam duas gerações para chegarmos ao resultado, ou seja, no mínimo uns 5 anos para o lançamento de uma nova cultivar”, finaliza.