O mercado futuro do café arábica vem registrando altas na Bolsa de Nova York (ICE Future US), apesar da pandemia do coronavírus derrubar algumas commodities agrícolas.
Segundo Eduardo Carvalhaes, analista do Escritório Carvalhaes, o mercado ainda caminha esperando por notícias concretas, mas a falta de café de qualidade no mercado e o próprio coronavírus têm sustentado os preços em Nova York. “Nós vamos colher uma safra de ciclo alto agora, mas também há muita divergência do tanto que vai ser colhido e a safra que vem é de ciclo baixo”, destaca.
Eduardo confirma que a preocupação com as embarcações de fato existem no mercado, mas destaca que a situação nos portos do Brasil no momento funciona dentro da normalidade.
Vale lembrar que uma série de medidas protetivas vem sendo tomadas nos últimos dias para impedir que o vírus se espalhe, mas também para garantir os abastecimentos não sofra os impactos.
“Os preços estão subindo, o café ofertado é pouco e também há muita pressão com a colheita de café esse ano”, afirma destacando que a preocupação é como os trabalhadores de outros lugares poderão chegar até as lavouras de café e segundo o analista, as cooperativas estão trabalhando diariamente para conseguir minimizar os impactos na colheita da safra 2020/21 - que tem como estimativa uma produção de cerca de 62 milhões de sacas.
Por: Virgínia Alves