Internos do presídio de São Sebastiao do Paraíso vão se juntar a outros quase 200 detentos do interior de Minas Gerais e ajudar na produção de dois milhões de máscaras de proteção individual. Segunda-feira (6/4), 15 detentos iniciaram os preparativos para a produção no presídio de São Sebastião do Paraíso. O material será utilizado no combate ao coronavírus conforme anúncio realizado pelo Governo do Estado. A intenção é que sejam produzidas cerca de 22 mil unidades por dia no Estado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, 165 mil metros de tecido TNT chegaram a Belo Horizonte para distribuição em 20 presídios e penitenciárias.
A princípio conforme explicaram ao Jornal do Sudoeste o diretor regional da 18.ª RISP de Poços de Caldas, Fábio Luz, e Sérgio de Assis Souza, diretor do Presídio em São Sebastião do Paraíso, no presídio local nesta fase de adaptação, a expectativa é que sejam inicialmente produzidas num primeiro momento, em torno de 500 máscaras por dia.
As máscaras serão destinadas a hospitais, prefeituras, forças de segurança e população em geral, em todo o Estado. Corte, montagem, costura e esterilização dos artigos seguem os parâmetros da Vigilância Sanitária.
Conforme o governo estadual, a produção já vem acontecendo desde a última semana. No entanto, até então, os insumos eram fruto de doações de parceiros, como empresários e prefeituras locais. Com a aquisição dos 165 mil metros de tecido TNT, há um reforço nos resultados, com meta de entrega de 22 mil itens por dia.
O diretor do presídio, Sérgio de Assis, disse que a unidade prisional em Paraíso contou com o importante apoio de diretora da empresa Jugley com informações para o sistema de produção, bem como da Calunga Máquinas, em termos de assistência.
Para os detentos envolvidos na atividade, além da participação nesta corrente de solidariedade, há a vantagem de obterem remissão da pena pelos serviços prestados. A cada três dias trabalhados, um é diminuído no tempo de cumprimento da pena..
Das 11 unidades que compõem a 18.ª RISP, a única que irá produzir máscaras é a de São Sebastião do Paraíso. O trabalho dos 15 detentos consiste em cortar, preparar e costurar o material. Inicialmente são três máquinas de costura, mas de acordo com o andamento da produção poderá serão cinco máquinas.