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Em tempos de corona, colheita deve movimentar economia local, avalia Acissp

Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (ACISSP), Ailton Rocha de Sillos
Por: João Oliveira | Categoria: Agricultura | 23-05-2020 10:59 | 1333
Ailton Rocha de Sillos presidente ACISSP
Ailton Rocha de Sillos presidente ACISSP Foto: Arquivo

Com as colheitas de café já se iniciando em algumas propriedades da região, a expectativa é de que a economia local tenha um aquecimento, tendo em vista a grave situação que vivemos atualmente, ocasionada pela pandemia. Mesmo com a mecanização da colheita, ainda é comum a colheita manual e, segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (ACISSP), Ailton Rocha de Sillos, isso deve movimentar o atual cenário.

Conforme o presidente da Acissp, este é um período que o empresário costuma ficar mais capitalizado, e com isso a situação melhora uma vez que gira o comércio no município. "Com isso, deve-se gerar mais empregos, mas tem chegado para nós diversas situações. O governo, por exemplo, aprovou uma lei impedindo que seja colocadas pessoas inadimplentes no Sistema de Proteção ao Crédito nesse período de coronavírus. Acreditamos que isso vai estimular muitas pessoas que não têm responsabilidade com suas contas, comprar e não pagar", lamenta Sillos.

Segundo o presidente da Acissp, a cafeicultura já foi a principal fonte de renda e geradora de riqueza no nosso município, e que era uma das principais geradoras de emprego na região, mas isso diminuiu devido à falta de incentivo ao produtor, que acabou mecanizando toda a colheita a fim de poupar recursos. "Mesmo assim, o setor ainda é uma forte fonte econômica para toda a cidade. Nossos produtores são daqui, moram na cidade e comercializam seu produto aqui, gerando, inclusive, muitos empregos", destaca.

Ailton Sillos destaca que felizmente o café voltou a ser muito valorizado, mas em contrapartida, a questão política influencia muito do curso do comércio. "O pequeno empresário sofre muito as consequências, a exemplo desta lei que proíbe a inclusão de nomes do serviço de proteção ao crédito. O que vai acontecer com esses pequenos comerciantes? A solução vai ser não vender mais a prazo, já que não consegue verificar o nome do cliente, e quem hoje em dia compra a vista?", avalia.

Apesar do cenário pouco promissor, principalmente devido a questão do coronavírus, o presidente da Acissp acredita que a época deverá render bons frutos aos nossos empreendedores. "A Acissp tem trabalhado muito no sentindo de fortalecer o nosso comércio. Mas nosso potencial é limitado. Temos observado o esforço da Prefeitura para tentar contornar a questão do coronavírus e preservar nossa economia, nosso município saiu na frente. Estamos trabalhando muito, mas precisamos que a força política também olhe para esta questão", completa.