Informação recebida pelo Jornal do Sudoeste por fonte que será preservada, alerta que a construção de unidade do SESC-MG em São Sebastião do Paraíso, pode não se concretizar. Em fevereiro deste ano o “JS” recebeu alerta de que, “é falsa a esperança da construção”.
Nesta semana, em novo e-mail, a fonte de informação fez novo contato e reafirmou que “aqui no Sesc não há nenhuma ação que indique vontade de dar prosseguimento as obras em São Sebastião do Paraíso”.
No primeiro contato foi ressaltado que “nós estamos com parte da unidade Sesc de Venda Nova fechada desde 2015, com as mesmas promessas, e foram fechadas a Tupinambás, a JK no centro de Belo Horizonte”.
Recentemente o Jornal do Sudoeste publicou matéria informando que de acordo com a lei municipal que transferiu (doou) as instalações da Praça de Esportes Castelo Branco para o Sesc-MG constam cláusulas determinando prazos para o início e término das obras. O início seria no dia 12 deste mês. Informamos, ainda, que por decreto o prefeito Walker Américo Oliveira prorrogou prazos.
A notícia deu ensejo a novo contato por parte da fonte de informação que anotou em mensagem eletrônica que diz o seguinte:
“Conforme havia informado anteriormente, aqui no Sesc não há nenhuma ação que indique vontade de dar prosseguimento as obras em São Sebastião do Paraíso. A ordem aqui é que o jurídico se informe de todas as alternativas para não dar andamento ao processo, e que a engenharia utilize dos meios necessários para protelar os prazos, tanto na equipe interna quanto junto com os licitantes e processos licitatórios. Foi citado como exemplo o caso da unidade Venda Nova que mesmo tendo processo junto ao Ministério Público, não possuindo documentação legal para funcionamento de qualquer atividade no local ainda assim mantém-se aberto. Que em 2015 fechou seu parque aquático e utiliza qualquer oportunidade disponível não iniciar as obras. São Sebastião não será diferente. Se uma comissão não for formada para avaliar toda a documentação processual que envolve são Sebastião do Paraíso desde o início da primeira concessão, avaliando as previsões orçamentárias anualmente, ninguém ficará sabendo que há esforço dedicado a protelar ou identificar uma forma de sair desta situação com São Sebastião do Paraíso, afinal estamos fechando unidades já existentes em cidades de maior arrecadação para o Sistema S”.
O teor do e-mail foi encaminhado ao prefeito Walker Américo e ao presidente da Câmara Municipal, Lisandro Monteiro.
O presidente da Câmara explicou que em 2018 para possibilitar a implantação do campus da UFLA em Paraíso, vereadores aprovaram lei reavendo área anteriormente doada ao Sesc-MG a destinando à Universidade de Lavras, ao mesmo tempo em que o município doou a Praça de Esportes Castelo Branco ao Sesc-MG. “Foi dado o prazo de um ano para início das obras, que dois anos após a doação deveriam estar concluídas, portanto em 2021. E me assusta o prefeito editar decreto concedendo mais três anos”.
Lisandro pondera que “decreto não derruba lei”, que se fosse o caso deveria ser emendada. “Não fomos procurados, nem a Comissão de Esportes da Câmara, todos colhidos de surpresa. Vencido o prazo para início, simplesmente pintaram os muros com o nome do Sesc – sendo que no projeto consta que muros serão derrubados”.
O presidente da Câmara conclui que conforme consta na lei municipal de doação, se em 2021 o Sesc não estiver pronto, o imóvel retornará ao município.
O Jornal do Sudoeste através da assessoria de comunicação da Prefeitura encaminhou na tarde de quinta-feira (23/7), ao prefeito Walker Américo, conteúdo do e-mail. Até a conclusão desta matéria, às 17h50 de sexta-feira (24/7), ele não encaminhou à redação do “JS”, seu ponto de vista sobre a questão apresentada.