Após receber contestações de internautas de vários municípios da região sobre os resultados de como funciona o Inquérito Epidemiológico, a Ameg (Associação dos Municípios do Médio Rio Grande) divulgou nota de esclarecimento sobre o assunto. De acordo com o secretário executivo da Associação, Henrique Rodarte, ao ser registrado um teste positivo, de imediato é feita outra avaliação, com produto de outra marca, como contraprova. Ele ressalta também que são seguidos os protocolos preconizados pelos órgãos de saúde.
Conforme a AMEG, em parceria com a ONG Enveritas o inquérito epidemiológico teve início há duas semanas e está sendo realizado em 27 municípios da região. O trabalho de pesquisa teve início em São Sebastião do Paraíso, em um trabalho conjunto que envolve o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais - COSEMS, Unimed São Sebastião do Paraíso e Sudoeste de Minas, Via Verde Consultoria Agropecuária. Também participam da ação a Brazilian Specialty Coffeee Association - BSCA, com o apoio técnico da Superintendência Regional de Saúde de Passos.
A iniciativa é parte de uma estratégia de monitoramento do COVID-19 e combate à pandemia, em 27 municípios da região. O trabalho é feito de forma aleatória na população e o objetivo é fornecer dados em tempo real sobre a prevalência de infectados pelo coronavírus no mês de julho de 2020 na cidade.
A pesquisa conta ainda com a aplicação de formulário de pesquisa e realização de testes rápidos para identificação de pessoas com anticorpos do novo coronavírus.
Após algumas contestações sobre o Inquérito Epidemiológico a entidade vem a público esclarecer alguns pontos fundamentais. Os testes estão sendo aplicados em domicílios selecionados através de um programa da Enveritas que utiliza inteligência artificial de forma aleatória, por profissionais de saúde dos municípios participantes treinados previamente. "Quando a pessoa testa positivo é realizado outro teste, de outra marca como contraprova. Caso esse segundo teste seja negativo, a pessoa entra nos dados do inquérito como negativo", explica o secretário executivo da AMEG, Henrique Rodarte.
Os coordenadores do inquérito alertam, porém, que o protocolo oficial do Estado de Minas Gerais orienta que a pessoa que testou positivo em qualquer teste, com qualquer método, deve ser considerada positiva e devem ser tomadas todas as precauções.
Para o representante da ENVERITAS, é importante que se esclareça que nenhum teste de COVID-19 é 100% eficaz. "As pessoas que testaram positivo no inquérito são orientadas a buscar um médico e realizar exames laboratoriais para confirmar ou descartar o diagnóstico", explica Murilo Bettarello.
Dos mil testes realizados no inquérito menos de 10 foram contestados pelos participantes e alguns casos foram expostos através das redes sociais. Nesses casos o primeiro teste foi positivo e o segundo negativo. Para o inquérito, essa pessoa foi considerada sem os anticorpos (negativo), mas, em cumprimento ao protocolo do Estado de Minas Gerais foram orientadas a buscar um médico e se fosse de seu interesse um exame laboratorial.
"Diante disso, entendemos que é normal haver questionamentos da população em redes sociais, porque essa pandemia causa muito medo em todos os cidadãos da região. Por isso mesmo que é importante estarmos consolidando nossas informações com os resultados mais concretos e isto dará uma segurança maior quanto às bases de dados que guiarão municípios e o Governo do Estado", encerra Bettarello.
No quadro em anexo está a íntegra da nota de esclarecimento divulgada pela Ameg.
NOTA DE
ESCLARECIMENTO
A AMEG - Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande está realizando um inquérito epidemiológico nos 27 municípios da microrregião da Superintendência Regional de Saúde Passos, em parceria com a ENVERITAS, uma ONG baseada em Nova York, EUA.
Os municípios cederam os profissionais de saúde para aplicarem os testes, que foram treinados pela ENVERITAS.
As pessoas a serem testadas são selecionadas de forma aleatória e assinam um termo de consentimento para participar do inquérito e que entendem que o teste a ser realizado não é um diagnóstico.
Caso o primeiro teste rápido seja positivo é realizado um segundo teste de outra marca, como contraprova.
Se o segundo teste for negativo, o primeiro teste é desconsiderado para o inquérito epidemiológico.
O Estado de Minas Gerais orienta a considerar o resultado positivo, independente do segundo e que essa pessoa tome as precauções e permaneça isolada até confirmar ou descartar o diagnóstico com exames laboratoriais.
Dos 27 municípios participantes do inquérito, houve questionamentos em redes sociais em Carmo do Rio Claro (04), Passos (02) e Piumhi (01).
Diante disso esclarecemos para a população que estes testes não são realizados pelos municípios e sim pela AMEG e ENVERITAS.
Esclarecemos também que nenhum teste é 100% eficaz e que o resultado do inquérito não se trata de um diagnóstico.
Esclarecemos ainda que todos os casos questionados foram testados positivos no primeiro teste e negativo no segundo, que, para a AMEG e ENVERITAS esses teste foram considerados negativos.
Mas seguindo o protocolo do Estado de Minas Gerais as pessoas que se submeteram ao teste de contraprova foram orientadas a ficar em isolamento e procurar um médico.
A AMEG está em contato com essas pessoas para orientar e esclarecer o ocorrido.
O inquérito é importante e as pessoas devem continuar participando.
Esses casos são considerados isolados, pois foram aplicados 1.000 testes na região com apenas 07 questionamentos.
Fonte: AMEG PORTARIA Nº 453, DE 21 DE JULHO DE 2020