REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Paraíso têm 50 dias para fazer a nova “Reforma da Previdência”

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Cidades | 08-08-2020 11:18 | 980
Além da reunião desta semana na Câmara, novos encontros serão realizados para debater reforma da previdência
Além da reunião desta semana na Câmara, novos encontros serão realizados para debater reforma da previdência Foto: Ascam

São Sebastião do Paraíso está entre os 227 municípios mineiros que juntamente com o Governo do Estado terão que fazer sua reforma da previdência até o dia 30 de setembro. O assunto já está na mesa de discussões entre a Prefeitura, a Câmara, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SEMPRE) e o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais (INPAR). Os entes envolvidos estão com a contagem regressiva de 50 dias para aprovar a nova legislação, para evitarem que ocorra o bloqueio nos recursos federais extraordinários a que terão direito entre outras penalidades que poderão ser aplicadas.

O prazo foi prorrogado a partir de portaria que está em vigor desde o dia 30 de julho, após publicação no Diário Oficial da União. A medida prevê que 2.108 municípios brasileiros, entre os quais os 227 mineiros, que tem o Regime Próprio de Previdência (RPPS), efetuem a adequação. A exigência refere-se especialmente às alíquotas de contribuição previdenciária à luz da reforma nacional no Regime Geral da Previdência Social.

A reforma prevê a imposição no aumento da contribuição previdenciária para os servidores do estado e dos municípios. A alíquota mínima deverá ser de 14%, o que, na prática, impõe redução salarial em contexto de congelamento de salários até janeiro de 2022. Hoje, os servidores estaduais pagam 11%. Alguns municípios mineiros estão extinguindo o regime próprio para aderir ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Reuniões
Em Paraíso, conforme informações preliminares do presidente do Sempre, Rildo Domingos da Silva, o assunto já começa a ser debatido entre as partes envolvidas. Ele informou a reportagem que nesta semana a pauta já começou a ser debatida durante reunião com os vereadores, mas destacou que ainda não há detalhes para serem apresentados. A expectativa é de que ocorram novas reuniões inclusive com membros do Executivo presentes e que possa ser acertada uma posição definitiva.

Em dezembro de 2017 após uma série de tratativas envolvendo o sindicato e o INPAR, o prefeito Walker Américo Oliveira havia anunciado uma conquista histórica para a categoria e para a administração que foi a proposta de aumento da contribuição patronal. O projeto aprovado na Câmara Municipal elevou de 14 para 17% os valores, sendo que para os servidores foi mantida a contribuição de 11%, sendo o valor descontado em folha de pagamento. 

Na época, o projeto também promovei alterações em artigos da Lei Municipal 3.005/2003. De acordo com o relatório de avaliação atuarial de 2017, apontou-se a necessidade urgente de aumento da alí-quota referente à contribuição patronal, buscando melhorar a saúde financeira do Instituto de Previdência. Naquele período Prefeitura repassava em torno de R$ 510 mil ao Inpar referente à parte patronal e R$ 485 mil do que é descontado do servidor efetivo. Além disso, o município contribuía e comple-mentava financeiramente todo mês com cerca de R$ 300 mil a folha de pagamento do Inpar, calculada em R$ 1,3 milhão.

Além dos municípios, outros seis estados, entre eles, Minas Gerais, e o Distrito Federal estão nessa situação, de acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Economia. Os outros são o Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins, Amapá e Roraima. Nenhum deles ainda fez a alteração das alíquotas da contribuição previdenciária. Reúnem, ao todo, 21% do funcionalismo estadual do país.

Em debate
Em Minas Gerais com situação desfavorável em termos de votação a tramitação da reforma chegou a ser suspensa uma vez que o governador Romeu Zema não tem os 48 votos necessários para aprovar a proposta.

O assunto deverá voltar em pauta na próxima semana, mas enquanto isto os debates se tornaram mais intensos. Mesmo em tempo de pandemia a Assembleia Legislativa promoveu um seminário de quatro dias para debater a questão envolvendo sindicato e lideranças de todo o Estado.

Para o 1º vice-presidente da Assembleia, Antônio Carlos Arantes, é fundamental que se aprecie a reforma da previdência o quanto antes. Segundo ele, do contrário, não haveria outra forma de o Estado equilibrar as contas públicas. O deputado participou da reunião remotamente, pois testou positivo para a Covid-19 e está isolado em sua residência. O deputado participou da reunião remotamente, uma vez que naquela oportunidade havia testado positivo para a Covid-19 e estava cumprindo isolamento em sua residência.

Ao final dos quatro dias de seminário, os servidores, por meio de suas representações, apresentaram 244 propostas que foram entregues a mesa diretora da ALMG e também ao governo. No dia 30 de julho, um dia antes do prazo dado pela portaria federal (1.348), o Ministério da Economia editou outra que autorizou o adiamento para 30 de setembro. O resultado representou derrota para o governador, que ainda pressiona para que a votação seja feita até o dia 14. No dia 30 de julho, um dia antes do prazo dado pela portaria federal (1.348), o Ministério da Economia editou outra que autorizou o adiamento para 30 de setembro. O resultado representou derrota para o governador, que ainda pressiona para que a votação seja feita até o dia 14.