Quando falam em Reforma Administrativa, onde se lê: “que fique bem claro, não atingirá nenhum dos servidores atuais”... A interpretação deverá ser: “esta reforma administrativa atingirá, sim, os servidores ativos atuais...’’
Estas declarações, têm como objetivo, angariar e manter o apoio de parlamentares, reproduzido pela grande mídia, objetivando, aquietar, entorpecer, distrair e dividir os servidores que são efetivos, pois, uma vez que, informações desta natureza, cumprem à risca suas intenções e objetivos, com a tentativa de preservar os parlamentares da base governista em face ao ano de eleições, emitem estas vibrações sonoras de que, os atuais servidores, não serão prejudicados. Mas e os futuros servidores? Significa que, deste modo assumem nestas verborréias que, futuros concursados serão, sim, PREJUDICADOS.
Tal Reforma Administrativa, podendo ser conhecida, também como, o desmantelar do estado, terá como consequências atrasos e lentidão no avanço das carreiras, podendo ocorrer a paralisação na escala da tabela de progressão.
Insegurança na sua lotação é outro quesito, onde, caso um órgão público tenha sua gestão transferida, por motivo de parceria, à administração de direito privado, os servidores ali lotados, estarão cedidos à gestão privada e, em caso de devolução deste servidor ao órgão público, sua nova lotação ficará a cargo do departamento de Gestão de Pessoas, onde definirá sua nova sede de trabalho.
Indo mais além, é escancarado o processo de sucateamento e o desmanche da estrutura que se dá nos casos de demissão pelo desempenho insuficiente, pois, na proposta, os critérios serão regulados por Leis Ordinárias, em que o risco de manipulação política é grande e os atuais servidores correm o risco de redução de jornada com a diminuição de salário. Olhando tudo dentro de um PRISMA de normalidade das propostas, seria até salutar: como ficariam as licenças prêmios, promoção, progressão e férias, incluindo recessos, aumento retroativo, devido negociações, entre outras?
No assunto avaliação de desempenho, se criará um órgão regulador para conduzir e dirimir estas questões? Na esfera federal já está em avançado consenso, que tal órgão seria dirigido por alguém indicado diretamente pelo Presidente da República.
Nos estados e municípios este modelo, com sua composição, certamente irá atingir os atuais e os futuros servidores públicos, visto que, a última trincheira que tem cerrado coluna, estará dia após dia sofrendo ataques para debilitar, ainda mais, seu poder de atuação.
Rememoramos aquele conto, em que o Rei saiu pelas ruas do reino completamente nu, mas, seus nobres conselheiros diziam ao povo que o Rei estava com uma linda e maravilhosa vesti-menta, onde o seu manto, cravejado por pedras preciosas, brilhava, com tanta intensidade, que parecia o fulgor do firmamento. Os pregoeiros bradavam: somente os inteligentes, letrados, aqueles que tenham a visão da nobreza, conseguirião contemplar a formosura das roupas do Rei.
Com isto, muitos daquele Reino pensavam: “ops, o Rei está nu, sem roupa, pelado, pelado”... Mas para não se passarem por plebeus diziam: “ooh, ooh, que maravilha de roupa”!
Para concluir, deixamos o questionamento: “QUEM ÉS TU, FALSA NOBREZA OU UM PLEBEU”?