Flávio Junqueira Enout nasceu em São Paulo (capital). Seu pai, funcionário do Banco de Brasil, foi transferido para Ribeirão Preto. Com três anos de idade, outra transferência, destino: Brasília. Lá a permanência foi maior. O pai deu aulas de economia, trabalhou no Ministério da Fazenda com Zélia Cardoso de Mello, posteriormente assessor de gabinete de Fernando Collor, desta forma o projeto de morar na capital, que era de cinco anos acabou sendo de onze. Com a aposentadoria do chefe da família, retorna-ram para Ribeirão Preto, e lá estão até hoje.
Filho único, Flávio teve educação de bons colégios, mas isso não lhe tirou a simplicidade que é inerente à sua personalidade e faz questão de estar sempre afirmando o de ser, uma pessoa “simples”. Aluno aplicado passou na OAB logo que saiu da Faculdade de Direito (Unaerp) e seu objetivo: concurso público. Para tanto, estudou muito deixando para outro momento de sua vida, amigos, namoros, passeios indo morar em São Paulo, deixando em Ribeirão Preto seus pais. Finalmente passou no concurso de Minas e hoje está designado para São Tomás de Aquino, é delegado de polícia de todos os aquinenses, tornando-se um filho da terra, de coração e de fato.
A delegacia de São Tomás, após três meses de trabalho intenso está organizada. Dos 32 inquéritos, hoje, apenas 15 em andamento. Várias prisões foram feitas, em flagrante. Segundo o delegado Flávio ser jovem não é empecilho para ações de firmeza e decisão. Os trabalhos sociais realizados nas escolas da cidade são de grande importância e estão dando resultados positivos. “A denúncia anônima tem funcionado”. Graças a ela foram realizados vários flagrantes. As palestras na Escola Estadual não foram em vão e na Escola Municipal as crianças me recebem com grande carinho, afirmou o delegado. Explicou: “ Ninguém trabalha sozinho, somos todos uma equipe. Se cada um fizer sua função direito, todos terão êxito. A polícia hoje é denominada “ Comunitária” e está mais próxima da sociedade”.
Ao perguntar sobre a adaptação na cidade, disse não ter sido difícil. Indo para Ribeirão, já sente saudades de São Tomás e das novas amizades seladas, mas ressaltou: “ Vim para trabalhar. Minha função maior é o trabalho, a confiança no meu trabalho”. Salientou que para trabalhar com excelência, para apurar melhor os fatos, ter melhor uma investigação, faltam mecanismos, estrutura. A Polícia Civil é mal estruturada no Estado e em São Tomás não é diferente. Não tem sua própria viatura (depende da Polícia Militar), trouxe seu computador para melhor desempenhar seus trabalhos.
Manifestou seu carinho aos aquinenses dizendo: “São Tomás é uma cidade muito querida, aconchegante, todos são receptivos. No aniversário de 123 anos de fundação desejo tudo de bom e de melhor para cidade para os aquinenses. Estamos trabalhando para a segurança pública.
Desejo que cada vez mais a Saúde se aprimore, a Educação se aprimore, que São Tomás seja “grande”. Que o aniversário seja de glória, luta, perseverança e com nosso trabalho, façamos de São Tomás uma cidade muito melhor do que já o é. Meu coração pertence a São Tomás. Nunca a esquecerei.
Jornal de aniversário. 29.06.2008