Tem gente que se acha o dono do mundo. É. Tem gente assim. Pois eu me sinto contente em ser o dono do meu tempo. Veja bem que interessante: dominar todo o meu tempo, os meus passos, os meus pensamentos (estes, então, ninguém advinha - são meus segredinhos). Ainda não chegou tecnolo-gia capaz de roubar nossos pensamentos. Acordo e tento projetar meu dia, fazer isto e aquilo, sem interferência de ninguém. Ir e vir, seguir em frente... Mesmo com a vida aí nos convidando e nos provocando com os inevitáveis contratempos, sigo o dia a dia fazendo o que quero e desejo.
Ver meus amigos - são poucos - levar uma conversa convenientemente interessante. O que não interessa, descarto. Procuro ser o dono do meu tempo, se não...
E você, leitor, é o dono do seu tempo? E por que as pessoas não fazem o que tanto desejam? A queixa maiscomum de homens e mulheres, de todas as idades, conforme observo é: "Falta de tempo". Até os mais jovens, que vivem agarrados, bradam da vida corrida e de tempo curto e não fazem o que desejam. Ah, dizem também que não têm dinheiro! Com o domínio do nosso tempo, poderíamos - todos - fazer cursos interessantes, ler mais livros, escrever, dançar, praticar esportes, fazer musculação (para os jovens), estudar inglês ou francês, aprender a tocar violão e cantar, sair mais com os amigos, viajar, conhecer lugares novos, caminhar na praia, participar de palestras, fazer um trabalho voluntário...
Quando ficar mais velho, quem sabe? Ou quando me aposentar... Mentira! Nunca sobra tempo. E ele é implacável. O certo é que só em um futuro, talvez, quem sabe ilusório, as pessoas conseguirão ter mais tempo para si mesmas. O tempo, gente, é uma verdadeira riqueza. Como gastarmos (ou desperdiçarmos) nosso tempo? Quem será de fato o dono do seu tempo?
Priorize suas próprias escolhas e desejos e conhecerá o verdadeiro dono do seu tempo. O que você faria, ou deixaria de fazer, sendo o dono do seu tempo - agora?
FERNANDO DE MIRANDA JORGE
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com