A Assembleia Legislativa (ALMG) realizou etapa do programa Recomeça Minas na região Sudoeste, em Passos, quinta-feira (15/4). O objetivo foi ouvir sugestões de representantes de setores afetados pela pandemia, para construção de um plano de retomada do desenvolvimento.
Entre as propostas que fazem parte do programa estão a isenção ou descontos de multas e juros de dívidas tributárias, como IPVA e ICMS, e a redução de impostos e de tarifas de serviços, como os da Cemig.
O vice-presidente da ALMG, deputado Antonio Carlos Arantes defendeu a adoção do máximo possível de medidas que ajudem aos empresários. “Tudo que o programa propõe até agora ainda é pouco. Nossos empreendedores precisam de crédito para recomeçar e de prazo para pagar suas dívidas. Precisam também não ter mais suas portas fechadas. Todo comércio deve ser tratado como sendo essencial, porque leva comida para a mesa dos trabalhadores”.
O presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, também participou do encontro. Ele anunciou que a instituição vai ajudar os empresários a colocar seus produtos no mercado online: “Vamos promover o acesso ao crédito, oferecer internet Wi-Fi, treinar os empreendedores e colocá-los no mundo digital”, afirmou Melles.
Empresários de vários setores foram ouvidos e deram sugestões. Alertaram para o fato de que muitas empresas faliram e muita gente perdeu o emprego, levando a economia dos municípios ao colapso. A estimativa do setor de turismo é de que os prejuízos cheguem a mais R$ 5 milhões, afetando diretamente 600 empregos.
A situação é igualmente preocupante no setor de confecções e de eventos. Na agropecuária, a queda na safra do café deste ano vai oferecer menos empregos e com isso, menos dinheiro circula na região.
A expectativa de todos é que, com a retomada das atividades na onda vermelha e a adoção de políticas públicas para socorrer os empreendedores, muitos possam ainda permanecer no mercado. (por Juvenal Cruz Janot)
PRESIDENTE DA ACISSP
A convite de Arantes participaram empresários que atuam em vários segmentos, lideranças, diretores de entidades, como o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de São Sebastião do Paraíso (Acissp), Ailton Rocha de Sillos, vice-presidente da Federaminas.
Sillos ressalta que praticamente todas as colocações feitas por participantes foram voltadas para a necessidade de apoio emergencial do estado visando minimizar a crise, considerada gravíssima econômica e socialmente, principalmente para os pequenos.
“Ficou claro que a prorrogar essa situação de fechamento dos não essenciais, a situação pode se tornar gravíssima para a economia dos municípios e até a fome como consequência de desemprego e falta de renda para o povo”, disse Sillos ao Jornal do Sudoeste, após a audiência.